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Laboratório da Sema recebe R$ 600 mil em investimentos

Por: SECOM/MT
Publicado em 01 de Julho de 2015 , 11h36 - Atualizado 01 de Julho de 2015 as 11h36


O contrato de metas com a Agência Nacional de Águas (ANA) prevê mais R$ 1,6 milhão em recursos
ROSE DOMINGUES
 
O laboratório da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) recebeu investimentos de R$ 600 mil da Agência Nacional de Águas (ANA), a partir da aquisição de equipamentos, veículos, barcos e motores. A proposta é dar início à operação da Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade da Água, do programa Qualiágua, que prevê mais R$ 1,6 milhão em recursos para Mato Grosso ampliar o número de redes de estações de 82 para 150, nos próximos cinco anos. 
 
O contrato de metas da Sema com a ANA será oficializado em agosto, mas as ações práticas de modernização do trabalho já se iniciaram e visam analisar os índices de poluição nos rios mato-grossenses. 
 
Conforme o gerente de Laboratório e Ensaios, o químico e mestre em Recursos Hídricos Sérgio Figueiredo, a partir das melhorias no monitoramento, o Governo do Estado terá informações detalhadas sobre a qualidade e o volume de água dos principais rios, o que subsidiará o planejamento hídrico para os diversos setores da economia e também de abastecimento público. 
 
“Vai ser possível acompanhar o impacto da ocupação humana nos municípios, ou seja, de que modo o aumento populacional e os empreendimentos estão influenciando a qualidade da nossa água? Quais rios ainda estão com boa qualidade e em que trechos? Quais estão mais assoreados?”. 
 
Atualmente o Brasil só tem 1.340 redes de monitoramento em todo país, que já emitiram 63.293 registros sobre a qualidade da água. A maioria das estações fica nos estados da região sudeste. Nove estados não têm rede, o que equivale a 50% do território nacional sem informações. Entre os estados da Amazônia Legal, por exemplo, apenas Mato Grosso e Tocantins possuem o serviço implantado. 
 
Para reverter esse quadro, a ANA lançou o programa Qualiágua que pretende montar e equipar os laboratórios, ampliar a cobertura e ainda pagar aos estados pelas publicações dos relatórios das análises à comunidade a partir de parâmetros uniformes. Hoje, cada estado analisa a partir dos próprios critérios impedindo que se tenham índices nacionais. 
 
Como comparação, alguns países da Europa, como a Inglaterra, possuem sete mil pontos de monitoramento para uma área de 130,3 mil km², o que equivale a um índice de densidade de 53,2 pontos para cada 1.000 km², enquanto no Brasil a variação está entre menos de 0,1 a mais de 1 ponto por 1.000 km². Mato Grosso se encaixa no índice 0,07, um dos mais baixos, com menos 1 um ponto para essa mesma área. Mas esse quadro pretende ser revertido. 
 
Relatório da água 
 
Sérgio Figueiredo explica que umas vantagens da rede de monitoramento da Sema é que, ao contrário de outros estados, está bem distribuída entre as três regiões hidrográficas: Paraguai, Amazônica e Tocantins-Araguaia.
 
Além disso, analisa entre 27 e 28 parâmetros, um índice relativamente alto que incluem características da qualidade da água, como pH, cor, condutividade, temperatura da água e do ar, alcalinidade, níveis de fósforo, nitrogênio, oxigênio, etc. Estados vizinhos, como Mato Grosso do Sul, adotam apenas entre 10 e 20 parâmetros. “O mais importante é que essas análises serão realizadas por equipamentos ultramodernos, com pouco reagentes e de modo muito rápido. A proposta é ampliar nossos parâmetros também”. 
 
O relatório é importante porque traz informações sobre a tendência de evolução da qualidade das águas; qualidade atual dos corpos d’água; áreas críticas com relação à poluição hídrica; aferir a efetividade da gestão sobre as ações de recuperação da qualidade da água e apoiar as ações de planejamento, outorga e fiscalização.
 
É um instrumento de planejamento e gestão. Esses instrumentos foram criados a partir de duas resoluções da ANA: nº 903, de 22 de julho de 2013 que instituiu a Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais (RNQA); e de nº 1.040, de 21 de julho de 2014, que criou o programa Qualiágua. 
 
A Sema já vinha realizando estes relatórios de forma anual, que o cidadão pode acessar no portal: www.sema.mt.gov.br, ícone 'Recursos Hídricos', localizado na aba superior da página, onde é possível visualizar os 'relatórios anuais'. Neles é possível acompanhar quais rios e suas classificações de análises por trechos a partir dos níveis entre 'bom' e 'muito ruim'. 
 
Investimentos 
 
Para o início da operação da Rede Nacional em Mato Grosso, a Sema já recebeu: três medidores de vazão M9 acústico doppler (para rios de médio e grande porte), um medidor flowtracker (para pequenas vazões), dois barcos, dois motores (de 15 e 25 HP) e duas pick-ups S10 com baú, que totalizam R$ 606 mil. Os demais R$ 1,68 milhão serão investidos a partir da meta de implantação de novos pontos da rede e divulgação dos relatórios à ANA e ao público geral. 
 
No primeiro ano, está previsto ampliar de 82 pontos para 97; entre 2016 e 2017, chegar a 107 pontos; de 2017 a 2018, alcançar 128 pontos; e até agosto de 2019, totalizar 150. A equipe do laboratório da Sema conta atualmente com 12 técnicos altamente capacitados, são químicos, biólogos e geógrafos, mais da metade deles já tem mestrado e um deles é doutor. 
 
Curiosidade 
 
Um dos equipamentos importantes para o laboratório se chama cromatógrafo iônico, que faz a análise de íons da amostra de água coletada. O resultado podem revelar detalhes importantes, como as concentrações de compostos nitrogenados e fosfatados, por exemplo, que indicam a contaminação dos corpos d’água por agrotóxicos. Já quando se fala alta concentração de nitrito, essa é uma característica de contaminação por esgoto recente; e nitrato de esgoto antigo. 
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JUARA MATO GROSSO




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