Deputado é acusado de levar propina em esquema de R$ 2,7 milhões em MT
Ex-governador diz que Fábio Garcia e Pedro Nadaf dividiram valor
O deputado federal Fábio Garcia (PSB) também consta como um dos citados na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os fatos narrados pelo peemedebista teriam ocorrido entre os anos de 2012 e 2013 e envolvem uma usina termelétrica, à época dirigida pelo parlamentar.
Segundo Silval, Garcia teria, ao lado do ex-secretário Pedro Nadaf, vendido o óleo diesel doado pela empresa ao Estado, após o arrendamento da usina para a Petrobras. Garcia nega as acusações.
Segundo Silval, com o arrendamento, a Termelétrica Pantanal voltaria a funcionar com gás natural. Com isso, o óleo diesel já adquirido, que não seria mais utilizado, seria doado ao Estado. “Essa doação simulada para o Estado foi feita para dar baixa do óleo diesel, pois a empresa iria voltar a funcionar a gás”, explica o ex-governador, atribuindo a Garcia a responsabilidade pela operação.
Conforme a narrativa do ex-governador, o negócio movimentou aproximadamente R$ 2,7 milhões, quantia que foi dividida em três partes, uma para ele, uma para Nadaf e outra para Garcia. Em 2014, Garcia foi eleito para ocupar uma das oito vagas da Câmara dos Deputados, com quase 105 mil votos.
Por meio de nota, o deputado negou as acusa-ções, classificando as informações dadas por Silval como “mentirosas e levianas”. “A Pantanal Energia ou seu diretor à época, não realizaram qualquer operação simulada, irregular ou ilegítima junto ao governo do Estado de Mato Grosso; tampouco houve receb-mento de qualquer vantagem pela empresa ou seu ex-diretor”, afirma. “É lamentável que Silval Barbosa recorra a calúnia e acuse sem provas para obter benefícios do Ministério Públio Federal (MPF)”.
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