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TJ manda soltar PM suspeito de operar escutas clandestinas

Por: MidiaNews/Lucas Rodrigues
Publicado em 11 de Julho de 2017 , 20h39 - Atualizado 11 de Julho de 2017 as 20h39


O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, determinou a soltura do cabo PM Euclides Luiz Torezan, que havia sido preso no dia 23 de junho pela suspeita de participação em um esquema de escutas clandestinas no Estado.
 
A decisão foi dada nesta terça-feira (11), mas a ordem de soltura ainda não está disponibilizada. A determinação foi confirmada pelo advogado Andre Stumpf, que faz a defesa do militar. 
 
Torezan havia sido preso por ordem do próprio Perri, juntamente com o secretário afastado da Casa Militar do Estado, coronel PM Evandro Lesco, o secretário-adjunto afastado da Pasta, coronel PM Ronelson Jorge de Barros, e o tenente-coronel Januário Batista.
 
Ele está preso no 4ª Batalhão da Polícia Militar na Capital.
 
"Ele [Perri] acolheu o nosso pedido em face da colaboração do cabo Torezan, com entrega de documentos, com a colaboração dele em toda a investigação e a juntada de novos documentos que esclareceram ainda mais os fatos. Por isso, foi acolhido o pedido de revogação da prisão preventiva, pois não estavam mais presentes os requisitos da prisão preventiva", disse Stumpf, em entrevista ao MidiaNews.
 
O advogado também relatou que Euclides Torezan recebeu ameaças e que irá protocolar um pedido no Comando Geral da Polícia Militar, visando obter mais segurança.
 
"Nós já temos um boletim de ocorrência de um crime de ameaça que ele sofreu e amanhã [12] estarei pedindo mais segurança para ele e para a família dele em razão das ameaças", adiantou o advogado.
 
Além dos quatro, também já haviam sido presos, no dia 23 de maio, o coronel PM Zaqueu Barbosa, ex-comandante-geral da PM de Mato Grosso, e o cabo Gerson Ferreira Correia Júnior, igualmente acusados de operar a suposta rede de interceptações telefônicas clandestinas.
 
Escutas ilegais
 
A denúncia sobre a rede de grampos foi feita no início deste ano, ao Ministério Público Federal (MPF), por Mauro Zaque, que é ex-secretário de Estado de Segurança Pública. 
 
Zaque disse que recebeu uma denúncia anônima, com documentos, que evidenciavam a prática ilegal.
 
Segundo ele, a denúncia foi levada ao conhecimento do governador Pedro Taques (PSDB) em setembro de 2015. O governador, por sua vez, negou ter conhecimento do caso e entrou com um processo contra Zaque.
 
O esquema funcionaria por meio da chamada "barriga de aluguel", quando números de telefones de cidadãos comuns, sem conexão com uma investigação, são inseridos em um pedido de quebra de sigilo telefônico à Justiça.
 
No caso da denúncia, teria sido usado um inquérito que investigava uma quadrilha de traficantes de cocaína.
 
Ao pedir a quebra dos sigilos dos telefones dos supostos membros da quadrilha, teriam sido inseridos, ilegalmente, na lista encaminhada à Justiça, os telefones que interessariam ao grupo monitorar.
 
A decisão que autorizou as escutas contra a quadrilha partiu da Comarca de Cáceres, na fronteira do Brasil com a Bolívia.
 
Entre os grampeados estariam a deputada Janaina Riva (PMDB); o advogado José do Patrocínio; o desembargador aposentado José Ferreira Leite; os médicos Sergio Dezanetti, Luciano Florisbelo da Silva, Paullineli Fraga Martins, Helio Ferreira de Lima Junior e Hugo Miguel Viegas Coelho.
 
O inquérito sobre o caso está na Procuradoria Geral da República, sob comando do procurador Rodrigo Janot.
 
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JUARA MATO GROSSO



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