Taques nomeia mais dois policiais para atuar no Detran-MT
Taques nomeia mais dois policiais para atuar no Detran-MT
O governador Pedro Taques (PDT) nomeou mais dois policiais para integrarem o corpo de servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT).
A inserção de membros da Polícia Civil passa pela tentativa da nova administração de moralizar o órgão, que, durante praticamente toda a gestão passada, foi alvo de denúncias de corrupção e outras irregularidades.
Conforme decretos divulgados no Diário Oficial que circula nesta quinta-feira (15), o delegado Arnon Osny Mendes Lucas vai comandar a Diretoria de Gestão Sistêmica e a ex-servidora da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Talita Peske Rodrigues, assume a Diretoria de Veículos.
Os cargos anteriormente eram ocupados por Thânia Zanette e Carlos Roberto Ribeiro Miranda, respectivamente.
Os diretores hoje nomeados atuam, a partir de agora, ao lado do escrivão da Polícia Civil, Fernando Martins Lopes, que já havia sido indicado para a Diretor de Habilitação. Antes de ocupar a nova função, ele atuava na Gerência de Inteligência Policial.
Além destes, o novo presidente do órgão, Rogers Elizandro Jarbas, também pertence à Polícia Civil, tendo atuado na Delegacia Fazendária.
Antes de assumir, na semana passada, Rogers Jarbas declarou ao MidiaNews que, ao levar a PJC para atuar dentro do Detran, em específico, o governador Pedro Taques pretende diminuir os casos de desvio de verbas públicas, além de dar transparência às ações públicas.
Corrupção
Além das denúncias de descaso no atendimento ao usuário, o Detran é acusado também de cobrar taxas abusivas dos clientes.
No ano passado, em outubro, conforme relatou o MidiaNews na época, o órgão foi investigado pelo Ministério Público do Estado por cobrar taxas abusivas de R$ 104 para realização de provas nos carros da autarquia.
Já em 2013, uma das maiores crises acometeu a autarquia, na administração do então governador Silval Barbosa, quando funcionários relataram que não tinham condições mínimas para trabalhar ou atender os usuários.
O Executivo, na ocasião, determinou a investigação no repasse de verbas feitas pelo Estado, na ordem de R$ 38 milhões, e na forma como eram empregadas.
Repressão
A aliança do Governo do Estado com a Polícia Civil já foi destacada como uma das formas de atuação da administração de Pedro Taques, no sentido de interferir em importantes órgãos para tentar coibir práticas irregulares ou aumentar a força de investigação de crimes.
Nesta semana, foi formalizada uma aliança entre Ministério Público do Estado e Secretaria de Estado de Segurança, que conta agora com dois delegados trabalhando internamente no Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), para auxiliar na investigação de casos de crimes contra o patrimônio público.
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