Depois de quase 40 dias de especulações, a ex-deputada Luciane Bezerra (PSB) finalmente foi confirmada pelo governador José Pedro Taques (PDT), nesta sexta-feira (7), como presidente do Instituto de Terras do Estado (Intermat). A indicação do PSB sofreu resistência interna e até mesmo de movimentos sociais, que chegaram a divulgar manifestação pública contrária à sua posse, no órgão.

O perfil técnico exigido por Taques para as indicações destinadas ao comando de seu segundo e terceiro escalões durou menos de dois meses. Ele não descartou composições políticas para completar sua equipe de governo.

O secretário geral do PSB, deputado Oscar Bezerra, marido de Luciane, chegou a cobrar uma definição pública, mais de uma vez. O presidente da Executiva Regional do PSB, prefeito Mauro Mendes, de Cuiabá, havia citado que “Luciane não precisa disso”, referindo-se à exposição pública de seu nome sobre o cargo a ser ocupado.

Aliado de primeira ordem de Taques, o PSB é representado no primeiro escalão do Estado apenas pelo secretário de Agricultura Familiar, Suelme Evangelista Biela Fernandes, ex-secretário de Mendes na Prefeitura de Cuiabá. Há tempos o prefeito da Capital articular o aumento da participação de seu partido na gestão Taques, uma vez que o PSB conquistou duas vagas na Câmara dos Deputados – Adilton Sachetti e Fábio Garcia – e três na Assembleia Legisaltiva de Mato Grosso – Eduardo Botelho, Max Russi e o próprio Oscar.

Na eleição do ano passado, Luciane era suplente do senador Jaime Campos (DEM), então candidato a reeleição, e chegou a ser cotada para a disputa majoritária na chapa de Taques. Depois, tentou entrar na disputa para a Câmara Federal e,enfim, desistiu do pleito e foi coordenar a campanha do marido.

Organizações sociais ligadas aos pequenos produtores, como Movimento dos Sem Terra (MST), Pastoral da Terra (CPT) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Acampados (MTA) solicitaram que Luciane Bezerra não ocupasse o cargo e, sim, um técnica da área.