Suplente de deputado de MT teria usado voluntário como 'laranja' em campanha
Reportagem denunciou supostas fraudes em prestação de contas em nomes inseridos como doadores de campanhas.
O Jornal Nacional veiculou, na noite de quarta-feira (26), uma reportagem denunciando um esquema de falsos doadores de campanhas do Partido Social Liberal (PSL) em alguns Estados no Brasil, nas eleições de 2018. Em Mato Grosso, o suplente de deputado estadual Emílio Pópulo, de Juína, teria declarado à Justiça Eleitoral uma doação de R$ 2.050, que teria sido feita por Walteeny de Moura Pereira. Walteeny, no entanto, negou as doações. Veja a reportagem na íntegra.
A Lei Eleitoral determina que pessoas físicas podem fazer doações a candidatos, em dinheiro até 10% do seu rendimento anual, ou mesmo doação de serviços ou bens. A suspeita é que a tática de falsos doadores é utilizada para ocultar a prática de caixa 2, com participação de empresas que são proibidas de doar a candidatos, ou pessoas que não querem se identificar.
A reportagem do Jornal Nacional apontou alguns casos no Brasil, todos do PSL, entre eles um de Juína (a 759 km de Cuiabá). Walteeny de Moura Pereira apareceu na prestação de contas do suplente de deputado estadual Emílio Pópulo como doador da quantia de R$ 2.050. À reportagem Walteeny disse que apenas ajudou a pedir votos para o candidato.
“Não, de forma nenhuma. Você vê, aqui que é o meu barraquinho. É simples, é humilde. esses caras fazer isso, usar a gente de má fé, cara”, diz o homem, que mora em uma casa de madeira, com chão de terra.
À Justiça eleitoral o médico Emílio Pópulo apresentou dos recibos com o nome de Walteeny, um de 11 de setembro de 2018, no valor de R$ 1 mil, e outro de 4 de outubro de 2018 no valor de R$ 1.050.
“Não dei 1 centavo, eu não tenho nem para mim meu amigo. [...] estou pronto para falar a verdade à Justiça a qualquer momento”, disse Walteeny.
Atualizada às 8h51.
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