O presidente estadual do PSDB, Nilson Leitão, disse que o Solidariedade ainda está com as portas abertas para retornar ao grupo oposicionista, encabeçado pelo senador Pedro Taques (PDT). Ele conta que já conversou com o presidente nacional do Solidariedade deputado federal Paulinho da Força, que vai buscar persuadir o presidente estadual Daltinho de Freitas a retomar projeto de ficar no grupo de Taques.

O pedetista foi mais frio na posição quanto ao recuo do Solidariedade. “Cada um tem que encontrar o seu destino”, dispara Taques.

A flexibilidade de deixar o Solidariedade voltar ao grupo se deve ao tempo de TV. Segundo Leitão, a sigla de Daltinho dispõe de mais de 1 minuto de TV. A tendência é que a “intervenção” nacional surta efeito, já que os demais membros do partido, principalmente os vereadores por Cuiabá – Haroldo Kusai, Clovito Hugueney, Wilson Kero Kero e Domingos Sávio (hoje secretário municipal) – não gostaram nada na posição do suplente de deputado.

Taques também destaca a resistência dos militantes da sigla quanto a decisão de Daltinho e acredita que essa foi uma posição unilateral. Além disso, Leitão aposta no recuo de Riva para disputar ao Governo, já que poucos estão aderindo ao seu projeto à majoritária.

Para Leitão, o que levou o Solidariedade a abandonar o barco foi a “briga” pela proporcional em chapão. “Muitos partidos não se prepararam e apresentam 10 nomes e querem escolher a coligação para se beneficiar, mas cada um tem que resolver o seu problema”, avalia.

O presidente do Solidariedade Daltinho de Freitas garante que as conversas com o grupo do candidato ao Governo Pedro Taques (PDT) já estão encerradas e que o deputado José Riva (PSD) está candidatíssimo, independente de outras siglas resolverem entrar no grupo. Em coletiva, Daltinho afirma que, mesmo se acontecer de o social-democrata não entrar no páreo, ele não volta a compor com a oposição.

O acordo é que o Solidariedade indique o nome à majoritária. A princípio Manuel de Souza, o Manuel da Força, é o nome a vice. Ele seria representante de cerca de 100 sindicatos no Estado, que somam mais de 400 mil trabalhadores. Caso outra sigla forte entre no grupo, contudo, o partido indicará o senador. Além do Solidariedade, estão em conversa com Riva o PTdoB, PTN, PRTB, PTC e PEN.