O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, negou que o Governo esteja interferindo nas discussões em torno da eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.

O secretário disse que o governador Pedro Taques (PDT) adotou a postura de "apenas observar” as discussões.

O chefe da Casa Civil disse que a determinação de não interferir na composição das chapas partiu do próprio governador.

Embora afirme que não está liderando reuniões com parlamentares para tratar sobre o assunto, Paulo Taques admitiu que tem conversado com deputados sobre as articulações.

“Tenho falado com deputados diariamente, recebo a visita de vários deles todos os dias. Eu não vou negar que, da pauta que eles me trazem, não sobra minutos para falar sobre a Mesa, para ouvi-los falarem sobre a Mesa”, disse o secretário.

“Peço que eles (deputados) me relatem sobre a disputa pela Mesa, para que possamos manter a postura que o governador Pedro Taques pediu, de observar com atenção o desenrolar, porém, sem intervenção”, afirmou.

Entre as reuniões das quais participou nesta semana, o secretário-chefe da Casa Civil mencionou o encontro com o senador Blairo Maggi (PR) e com deputado estadual Mauro Savi (PR), que compõe a chapa encabeçada por Guilherme Maluf (PSDB).

“Nesta semana, o governador e eu recebemos, no Palácio Paiaguas, o deputado Mauro Savi e o senador Blairo Maggi. Foram tratados vários temas. Inclusive, o deputado Savi falou sobre sua intenção de ocupar a Mesa”, afirmou Paulo Taques.

Segundo ele, o governador ouviu o parlamentar com atenção e reiterou o discurso de que não fará qualquer tipo de interferência em eventuais composições.

Paulo Taques afirmou, ainda, que a presença do senador Blairo Maggi na reunião não representa qualquer tipo de “pressão”. Segundo ele, seria apenas uma forma de Mauro Savi mostrar que sua candidatura tem o apoio de uma grande liderança do PR.

“O senador Blairo Maggi disse que a candidatura de Savi tem sua simpatia, seu apoio. E é legítimo o deputado buscar o apoio de uma liderança muito importante e grande, como é o senador Blairo Maggi. Tudo isso é legitimo, faz parte do jogo democrático e não há nada de estranho, nada que possa ser segredo”, disse.