Nas eleições de outubro, pelos menos 181 mil votos para deputado estadual devem ficar à deriva porque José Riva (PSD) e Sérgio Ricardo (PR), que foram os candidatos à Assembleia mais votados em 2010, não serão candidatos à reeleição. Para o cientista político João Edisom Souza, a mudança de nomes não significa nova postura no Legislativo. “As práticas políticas tendem a se perpetuar”, disse em entrevista ao Rdnews.

Riva, que neste ano disputará o governo do Estado tendo o médico Aray Fonseca (PSD) como vice, obteve 93.594 votos em 2010. Parte deles tem endereço certo já que a filha Janaína Riva é candidata à Assembleia e já percorre os municípios em busca de respaldo eleitoral.

Eleito com 87.407 votos, Sérgio Ricardo deixou a Assembleia em 2012 para assumir vaga de conselheiro do TCE. Entretanto, para esta eleição, não deixou herdeiro político e a tendência é que neste ano a votação seja pulverizada entre diversos candidatos a deputado estadual.

Tanto Riva quanto Sérgio Ricardo são investigados pela Operação Ararath. O deputado estadual chegou a ser preso em 20 de maio e encaminhado ao Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, sob acusação de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, mas foi solto após três dias.

Já Sérgio Ricado é suspeito de ter comprado a vaga no TCE, por R$ 4 milhões, pagos ao ex-titular Alencar Soares. A
transação suspeita ainda está sob investigação.