A cúpula do PTB discute a possibilidade de lançar uma "terceira via" na disputa pela sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB), nas eleições deste ano.

No âmbito do partido, o nome mais citado para encabeçar essa eventual chapa é o do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot.

A ex-senadora Serys Slhessarenko (ex-PT) seria a candidata ao Senado.

Os petebistas avaliam, também, apoiar um candidato de outro partido nessa eventual terceira via, bem como aderir a algum bloco já existente.

A tendência, nesse caso, seria se coligar com o grupo que apoia a candidatura do senador Pedro Taques (PDT) ao Governo.

Todas as possibilidades serão discutidas no encontro de pré-candidatos do partido no dia 4 de abril, em Cuiabá.

“O Chico Galindo (PTB) está liderando essas conversas, e tudo será avaliado e discutido no encontro do dia 4. Mas, a decisão mesmo só deve sair entre 10 e 15 de maio. Muitas coisas vão acontecer em abril e maio que darão um norte para o partido”, afirmou Pagot.

O ex-chefe do DNIT ficou conhecido pelo estilo "gerentão", durante sua passagem pelo Governo Blairo Maggi (PR) e pela autarquia ligada ao Ministério dos Transportes, e tem sido o principal porta-voz das críticas do PTB ao Governo do Estado.

Seu nome, porém, encontra resistência dentro do próprio partido.

O vereador Leonardo de Oliveira (PTB), que é líder do prefeito Mauro Mendes (PSB) na Câmara de Cuiabá, considerou a candidatura do ex-diretor do DNIT uma “piada”.

“Essa candidatura do Pagot é uma piada. Ele não tem viabilidade nenhuma para disputar o Governo do Estado”, disparou o parlamentar, nesta semana.

Pagot, no entanto, parece não ter se abalado com a crítica. “Essa é a opinião dele e, com certeza, outros pensam como ele. Porém, há quem discorde, e viva a democracia. Como ele está vinculado à administração do Mauro Mendes, essa deve ser a posição do Palácio Alencastro”, disse.