O PT e o PMDB reafirmaram a aliança para as eleições de 2014, durante encontro na última segunda-feira (22), e devem discutir nomes para disputar o Governo do Estado, em um novo encontro, agendado para o dia 6 de maio.

Mesmo com a meta de caminhar no mesmo sentido do arco nacional, para sustentar a candidatura da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e do seu vice Michel Temer (PMDB), em Mato Grosso ainda não há consenso sobre quem concorreria à sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB).

O PT vem reafirmando, desde o começo do ano, que o juiz federal Julier Sebastião Silva é preferência, embora admita ter um “Plano B” -  no caso, o ex-vereador e candidato à Prefeitura de Cuiabá no ano passado, Lúdio Cabral, ou ainda o ex-deputado federal e secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes.

“Os partidos estão tranquilos, nome na reunião de segunda não foi nossa prioridade. Claro, Julier foi colocado, assim como o PMDB colocou o nome do prefeito de Sinop, Juarez Costa. Devemos discutir isso no próximo encontro”, afirmou o presidente regional do PT, William Sampaio, em entrevista ao MidiaNews

Por outro lado, o presidente estadual do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, acredita que decisões nesse sentido são prematuras.

“Ainda não é a hora de se colocar uma candidatura, é cedo. O momento é de começar a se movimentar, de estabelecer um caminho, um rumo”, disse.

Blairo Maggi

Parte do grupo formado desde a reeleição do atual senador Blairo Maggi ao Governo do Estado em 2008, a influência do PR também deve ser considerada pelo PMDB e PT. Para os republicanos, Maggi é um consenso para o Governo do Estado.

Já na opinião de Bezerra, falta uma ligação entre o senador e seu próprio partido, que deve ser sentida para no próximo pleito.

“O PR pensa uma coisa, mas ninguém sabe o que Maggi quer e o que ele pensa. A colocação da sigla é correta, mas há uma desconexão, uma dissociação. Acredito que a decisão final deva ser do senador”, afirmou o cacique do PMDB.

Para William Sampaio, assim como há conversações com o PMDB, os petistas devem conversar tanto com PR como com PSD, liderado pelo deputado José Riva, também parte do grupo.

“A situação natural é conversar com essas legendas, vamos abrir agenda de discussão com todas. O nome de Maggi é forte e vai ser considerado, está na base e está dentro do jogo. Logicamente, precisa ser levado em conta por tudo que representa”, disse o líder petista.