NOTÍCIA | CARNE FRACA

PP aposta em operação para potencializar Maggi ao Planalto

Ministro ganha visibilidade nacional apesar de investigação no Mapa

Por: VINÍCIUS LEMOS Da Redação Folha Max
Publicado em 23 de Março de 2017 , 07h17 - Atualizado 23 de Março de 2017 as 07h17


O presidente do Partido Progressista em Mato Grosso, deputado federal Ezequiel Fonseca, acredita que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), pode fortalecer uma possível candidatura à Presidência da República por meio da “Operação Carne Fraca”, que investiga irregularidades na liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos no País. Na operação, deflagrada na última sexta-feira (17), a Polícia Federal divulgou que fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) auxiliavam fraudes praticadas por frigoríficos do País.

Empresários do setor e servidores públicos que estariam envolvidos nas irregularidades foram presos. O delegado federal Maurício Moscardi Grillo informou que o esquema criminoso envolvia o pagamento de propinas, que seriam, entre outras funções, utilizadas para abastecer partidos.

Grillo informou que as investigações apontaram que, ao menos, duas legendas eram beneficiárias das fraudes: o PMDB e o PP. Para Ezequiel Fonseca, o ministro da Agricultura não teve envolvimento com o esquema de fraudes em, ao menos, 21 frigoríficos do País. “O que estamos vendo é que essa investigação da PF não começou agora, depois que o Blairo entrou. Ela já vinha sendo feita. Penso que isso não tem a ver com o ministro, até porque ele já está tomando as devidas providências”, disse.

O líder do PP estadual acredita que as atitudes de Maggi diante da operação podem influenciar em suas futuras candidaturas políticas, já que nos bastidores o ministro é tido como possível candidato a presidente da República, “Quando se trata de candidatura, de política futura, penso que a decisão que ele vai tomar agora será importante, inclusive, para que possa continuar pleiteando os cargos que almeja. Agora é o momento de ele tomar uma posição dura, definir com clareza e demitir do serviço público aqueles que possam estar envolvidos. Então, é também o momento para que ele possa tomar decisões necessárias e com isso fortalecer, ainda mais, o seu nome para próximas candidaturas. Aliás, ele já tomou decisões enérgicas e isso fortalece o homem público e ministro Blairo Maggi”, comentou.

Ele também falou sobre a suposta participação do PP no esquema de propina investigação na “Carne Fraca”. "Não é a primeira vez que isso acontece, mas nós aqui, de Mato Grosso, não sabemos muito o que informar, tendo em vista que somos novos na direção do partido do Estado. O que ouvi foi pela televisão. O partido não falou sobre esse assunto. Nesta semana estou indo para Brasília e, certamente, teremos mais informações. Até o momento, o que sei é o que vi pela televisão. Não é a primeira vez que o partido está envolvido. Aliás, não é a única legenda que está envolvida na Operação Lava Jato e outras questões”, concluiu.

A OPERAÇÃO

A "Operação Carne Fraca" culminou em 309 mandados judiciais cumpridos pela Polícia Federal na última sexta-feira, em seis estados e no Distrito Federal. A PF informou que a operação é, em números, a maior já realizada no País.

Entre as empresas que são apontadas como beneficiárias do esquema de fiscalização e licença irregular estão a BRF Brasil, responsável por marcas como Sadia e Perdigão, e também a JBS, que detém Friboi, Seara, Swift, entre outras marcas. Frigoríficos menores também são acusados de participacão no esquema, entre eles Mastercarnes, Souza Ramos e Peccin, do Paraná, e Larissa, que tem unidades no Paraná e em São Paulo.

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