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PF apreende computadores, celular e documentos de Emanuel

Agentes federais e procurador estiveram na casa e no gabinete na Prefeitura de Cuiabá

Por: Douglas Trielli/MidiaNews
Publicado em 14 de Setembro de 2017 , 19h18 - Atualizado 14 de Setembro de 2017 as 19h18


Os agentes da Polícia Federal que estiveram na casa e gabinete do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), apreenderam notebook, computadores, telefone celular e uma série de documentos. A ação durou pouco mais de quatro horas.
 
Emanuel é um dos investigados na Operação Malebolge, da 12ª fase da Ararath, deflagrada na manhã desta quinta-feira (14).
 
Os agentes chegaram às 6 horas da manhã na residência, no Bairo Jardim das Américas, em Cuiabá. No mesmo horário, outro grupo se dirigia para a Prefeitura. O procurador da república Gustavo Nogami esteve na casa do prefeito acompanhando os agentes.
 
Segundo o delegado Murilo Gimenez, todos os objetos apreendidos não poderão ser revelados em detalhe, pois a investigação está sob sigilo.
 
“Temos um malote de apreensão, no qual vai ser feito uma triagem, mas ainda não tem muito o que dizer. O notebook do prefeito foi apreendido. São dois computadores e um celular, mas o restante está tudo sob sigilo. Estavam na casa, nos armários, algo normal”, disse ao deixar a casa do prefeito.
 
Na Prefeitura, a informação é de que foram apreendidos CPUs e documentos que estavam no gabinete de Emanuel, no sétimo andar do Palácio Alencastro.
 
Por ordem da PF, a Prefeitura suspendeu o atendimento ao público até as 13 horas.
 
O secretário de Comunicação, José Roberto Amador, afirmou que a ação foi “respeitosa”. Ele disse que o prefeito irá analisar se convoca uma coletiva para falar ainda na tarde de hoje.
 
“Nada de relevante foi encontrado nas buscas. Sem armas, sem dinheiro ou qualquer outro elemento. Foi uma ação discreta e respeitosa”, afirmou.
 
“A boa notícia foi a decisão do ministro Luiz Fux rejeitando de pronto pedido de afastamento do prefeito, caso pretérito que não guarda qualquer relação com atual mandato. Sinal também que o ministro entende que o material apresentado não enseja culpabilidade e que isso precisa ser apurado durante o inquérito”, completou.
 
Dinheiro em paletó
 
Na delação, Emanuel figura como um dos beneficiários de esquema de “mensalinho”, valor mensal que variava de R$ 30 mil a R$ 50 mil, que seria pago pelo Executivo na gestão de Silval e do ex-governador e atual ministro Blairo Maggi (PP) para obter o apoio dos deputados.
 
Ele foi filmado, quando atuava como deputado, recebendo maços de dinheiro do ex-assessor de Silval e também delator, Silvio Araújo, e os colocando em seu paletó.
 
O vídeo juntado na delação mostra que o então deputado chegou a deixar cair um dos maços de dinheiro e o juntou em seguida, além de fazer “gracejos” com Silvio antes de receber a vantagem indevida.
 
Além disso, conforme Silval, Emanuel também teria recebido propinas mensais de R$ 50 mil referentes às obras do programa de pavimentação de rodovias MT Integrado.
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JUARA MATO GROSSO



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