Manifestantes assinam ato de repúdio contra operação da PF
Manifestantes assinam ato de repúdio contra operação da PF
Cerca de 300 pessoas assinaram, nesta segunda-feira (1), um ato de repúdio contra as prisões realizadas pela Polícia Federal durante a Operação "Terra Prometida", deflagrada na última quinta-feira (27).
A manifestação ocorreu na Câmara Municipal de Lucas do Rio Verde (350 km ao Norte de Cuiabá).
Segundo o organizador do evento, o vereador Airton Callai (PSD), algumas pessoas citadas na lista da PF compraram terras acreditando na proposta feita pelos presidentes de sindicatos e proprietário de terras.
De acordo com Callai, dos 52 nomes citados pela PF, a maioria é "pessoa de bem".
“Eles compravam terras achando serem áreas legalizadas, mas na verdade eram todas terras da União. Agora, são todos investigados. Estamos falando dos pais de família e pessoas que ajudaram a construir nossa cidade”, disse.
O vice-governador eleito, Carlos Fávaro (PP), e o deputado estadual Dilmar Dal' Bosco (DEM) também participaram do ato na Câmara de Vereadores, bem como o prefeito de Ipiranga do Norte, Pedro Ferronato (PTB), e membros da Igreja Católica e dirigentes de partidos.
Protesto nas redes sociais
A principal reclamação dos produtores rurais e moradores das cidades do Médio-Norte é em relação à forma como as prisões foram conduzidas pela PF na operação
Os manifestantes criaram uma página no Facebook, denominada "Lucas Solidária", para mobilizar a população e ajudar as pessoas investigadas na operação.
Na rede social, os moradores da cidade afirmam que a prisão do ex-prefeito do município, Marino José Franz (PSDB), atualmente preso em Cuiabá, foi uma "injustiça", porque ele teria sido o responsável, durante sua gestão, pela projeção de Lucas do Rio Verde a nível nacional.
“São pessoas de bem, pessoas conhecidas pelos luverdenses, que trabalharam e ajudaram a construir Lucas. É triste perceber como a sociedade é ingrata e injusta. Não foi preciso apresentar prova alguma, bastou uma suposição, uma denúncia anônima que qualquer pessoa mal intencionada pode fazer, e pronto”, diz trecho de um post publicado pela organização na página.
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