O governador Silval Barbosa (PMDB) afirmou que o senador Blairo Maggi (PR) se elegeria de maneira “muito fácil”, caso decidisse ser candidato ao Governo do Estado em 2014.

“Lógico que se ele vier, eu tenho certeza de que é um nome muito fácil para ganhar a eleição. Até mesmo por sua história. E, para fazer composições, seria mais fácil ainda”, disse.

As declarações foram feitas ao programa "Conexão Poder", exibido neste domingo (03),  na TV Rondon (SBT) - veja abaixo.

O governador admitiu a falta de disposição de Maggi em concorrer novamente ao cargo, que já ocupou por duas vezes, mas deixou no ar a expectativa de que o atual senador possa mudar de ideia.

“Se ele tivesse um pouquinho de disposição, eu ia lutar muito. Mas, além do senador falar que já deu sua contribuição ao Executivo, também existem seus negócios, que possuem uma estrutura muito grande. Ele está meio tranquilo, não querendo mais. Se os partidos pressionarem, quem sabe ele acorda e fala que vai dar uma contribuição de mais quatro anos? Ele gosta de política”, afirmou.

Silval negou que o grupo político que dá sustentação ao seu Governo – formado principalmente por PMDB, PT, PSD e PR – esteja com dificuldade em encontrar um sucessor.

Ele citou, entre nomes viáveis, o vice-governador Chico Daltro (PSD) e o juiz federal Julier Sebastião Silva, cotado para se filiar ao PT ou PMDB e concorrer ao Palácio Paiaguás.

“Tem meu vice e tem o Julier, que é um bom nome também. Não tenho preferência por nenhum. Mesmo porque você não faz política ou projeto majoritário trabalhando nome, tem que trabalhar composição partidária. Se eu não tivesse nas eleições de 2010, provavelmente eu teria tido mais dificuldade para chegar ou talvez nem tivesse chegado a ganhar”, avaliou.

Negativas

Apesar de ser considerado favorito, tanto pelo governador Silval Barbosa (PMDB) como pela Executiva Estadual de seu próprio partido, o senador Blairo Maggi (PR) vem negando a possibilidade de concorrer ao Governo do Estado.

De acordo com o parlamentar, em anúncio oficial no mês de maio, uma “derrota seria certa”, caso fosse candidato em 2014. A justificativa de Maggi é de que não havia estímulo para entrar em uma nova disputa.

“Não tenho desejo, vontade, nem estímulo para ser candidato ao governo em 2014. Do jeito que me sinto hoje, a derrota é certa. Não vou ser a locomotiva do partido para frear ninguém. O PR tem total liberdade para trabalhar outros nomes para a disputa do governo. Não quero ter a obrigação de conduzir nada”, afirmou Maggi, em entrevista coletiva em Cuiabá, na sede do grupo André Maggi.

Para retirar a possibilidade completamente, no segundo semestre o senador começou a apresentar e fazer campanha para Maurício Tonhá (PR), o Maurição, nome da sigla para o Governo do Estado em 2014.

Recentemente, Maggi inclusive apareceu em propaganda partidária do PR afirmando que Maurição é “experiente e inovador” e seria uma “boa novidade” do interior que o partido tem para apresentar à população.

Para alguns políticos, no entanto, nada ainda está muito definido sobre a candidatura do senador. O secretário-geral do PR e deputado estadual Emanuel Pinheiro, por exemplo, chegou a falar que deixar para a “última hora” seria o “jeito Blairo de ser”, em referência as eleições de 2010, quando decidiu ser candidato ao Senado também no último momento.

Em pesquisas de opinião realizadas neste ano, o nome de Maggi chegou a aparecer isolado, com 55% das intenções de voto. O segundo colocado, Pedro Taques (PDT), aparecia com 22%.