Lula quer Maggi candidato, mas não deve fazer pressão
Lula quer Maggi candidato, mas não deve fazer pressão
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gostaria de ver o senador Blairo Maggi (PR) novamente como governador de Mato Grosso.
Porém, ele garante que não vai pressionar o ex-governador a disputar um terceiro mandato, já que Maggi resiste entrar nessa disputa.
A informação é do presidente regional do PR, deputado federal Wellington Fagundes (PR).
“A avaliação do Lula é como a nossa: ele acha que Blairo é o melhor candidato para o Governo de Mato Grosso, com mais condições de ganhar. Não só o Lula pensa assim, mas também a presidente Dilma Rousseff (PT). Mas, na última conversa que tivemos com o Lula, ele disse que o Blairo, depois de oito anos como governador, tem o direito de escolher o que ele quiser e não deve receber pressão”, afirmou Fagundes.
Lula e Maggi viajaram para Cuba na última segunda-feira (24), onde passaram toda a semana.
Lá, o senador atuou como uma espécie de "consultor informal" do ex-presidente e do Governo cubano para questões do agronegócio. O retorno está previsto para esta sexta-feira (28).
A parceria política de ambos começou quando Maggi ainda era governador de Mato Grosso, e resolveu apoiar o Governo de Lula e sua reeleição.
Ele se desfiliou do PPS, um partido de oposição ao Governo Federal, e aderiu ao então recém-criado PR, que foi para a base governista.
Desejo do PR
O deputado Wellington Fagundes destacou que, para o PR, o ideal seria que Maggi fosse candidato a governador, porque as pesquisas o apontam como o nome com melhr percentual de intenção de votos.
Desse modo, ele seria o candidato mais forte contra o provável candidato da oposição, o também senador Pedro Taques (PDT).
Tanto Maggi quanto Taques estão na metade do mandato de oito anos no Senado.
Os aliados de Fagundes, que almeja disputar o Senado, avaliam que ele teria boas chances fazendo dobradinha com Maggi na campanha eleitoral.
Por outro lado, ele poderia ser obrigado a abrir mão do sonho de tentar o cargo de senador em nome da formação de uma aliança forte, que poderia negociar a vaga com outro partido.
“Para nós, do PR, seria o ideal que ele fosse o candidato. Mas isso é uma questão de foro íntimo, e ele tem reiterado que não quer ser candidato. Mas pode ser que, depois de uma viagem dessa, ele resolva deixar crescer a barba e Fidel Castro o convença a disputar”, disse o deputado, em tom de brincadeira.
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