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José Riva sugere ação no Supremo pelos royalties do petróleo. Deputado quer que governo lute pela manutenção da nova lei

José Riva sugere ação no Supremo pelos royalties do petróleo. Deputado quer que governo lute pela manutenção da nova lei

Por: SECOM/AL
Publicado em 07 de Abril de 2013 , 05h55 - Atualizado 07 de Abril de 2013 as 05h55


O presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), propôs que o Governo do Estado de Mato Grosso entre com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para manter a divisão dos royalties do petróleo aprovada pelo Congresso Nacional e promulgada em março.

Em decisão provisória, a ministra Carmem Lúcia atendeu ao pedido do Governo do Rio de Janeiro para suspender a redistribuição dos royalties, pois o Estado se disse prejudicado com a nova divisão.

“Eu sugiro ao governador Silval Barbosa e à Procuradoria Geral do Estado que ingressem imediatamente no STF com medida idêntica à que o Rio de Janeiro entrou. Já solicitei estudos para isso. Porque o prejuízo que Mato Grosso tem todos os anos é maior que o prejuízo do Rio de Janeiro se os royalties forem distribuídos”, disse.

Os principais responsáveis por esse prejuízo são, segundo Riva, a isenção de impostos da produção primária do Estado destinada à exportação e a ampliação de reservas indígenas. Pela Lei Kandir, que dispõe sobre a desoneração e o sistema de compensação para os Estados exportadores, Mato Grosso recebeu R$ 176 milhões, em vez dos R$ 2 bilhões que o governo considerava adequado.

“Pelos meus cálculos, perdemos R$ 2,5 bilhões todos os anos em função da desoneração. Porque o cálculo do prejuízo tem que ser feito não só em cima da produção, mas dos insumos, dos estragos nas estradas. Eles concentram todo o discurso em cima do petróleo, e esquecem da desoneração”, observou o parlamentar.

Pelos cálculos da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Mato Grosso poderá ganhar R$ 96 milhões por ano com a nova lei de distribuição dos royalties do petróleo. Atualmente, o Estado recebe R$ 15,7 milhões anualmente.

“Não é justo um Estado abastecer o país e não ter recurso para investir em infraestrutura para escoar essa produção. Se os royalties fazem falta para o Rio de Janeiro, imagine um estado que tem a produção quase inteira desonerada e não recebe a compensação devida. A Lei Kandir nos retirou bilhões e bilhões que poderiam ser usados em investimentos”, criticou o parlamentar.

“Estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Pará abastecem o Brasil de matéria prima. Mato Grosso, além disso, é um Estado exportador, e contribui com um terço da balança comercial. Quem compensa isso? Aquele dinheirinho miserável da Lei Kandir? Os outros estados tinham que pagar para a gente, ou então tinha que proibir a desoneração”, afirmou.

Redistribuição dos royalties

Os royalties são os tributos pagos de forma mensal ao Governo Federal pelas empresas que extraem petróleo. O pagamento é uma forma de compensação por possíveis danos ambientais causados pela extração.

Os royalties perfazem 10% do valor do petróleo produzido e os maiores estados produtores são o Rio de Janeiro e o Espírito Santo – justamente os dois que entraram com ações no STF questionando a nova lei, que diminui a participação deles no bolo.

Atualmente, 8,75% desse montante é distribuído entre os municípios (7%) e Estados (1,75%) da federação, conforme as regras do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Com a nova regra, os municípios não afetados pela extração de petróleo passarão a receber um repasse de 21% em 2013 e, que chegará a 27% em 2020 (leia mais AQUI).

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