"Isso é sórdido e mesquinho", diz Riva sobre ação do MP
Objetivo seria prejudicar Maggi porque ele pode ser candidato este ano
O deputado estadual José Riva (PSD) afirmou que a ação movida pelo Ministério Público do Estado (MPE) contra o senador Blairo Maggi (PR), referente ao Escândalo dos Maquinários, tem "influências externas".
Para ele, o objetivo da ação seria prejudicar Maggi politicamente, em função da possibilidade de ele vir a ser candidato a governador.
“Vou ser bem objetivo: é estranho que algumas pessoas no Ministério Público se prestem a esse tipo de serviço, influenciadas por pessoas externas que têm interesse político em prejudicar alguém só porque existe a possibilidade de ele ser candidato. Isso é sórdido, sujo, mesquinho. Porque o MPE não entrou com essa ação antes?”, afirmou o deputado.
"Isso é sórdido, sujo, mesquinho. Porque o MPE não entrou com essa ação antes?"
Ao ser questionado pela reportagem sobre quem seriam esses agentes externos, ele limitou a dizer, entre risos: “Você sabe. Eu não vou falar”.
As declarações foram feitas na manhã desta segunda-feira (14), na Praça das Bandeiras, antes da entrega de máquinas do Ministério do Desenvolvimento Agrário a prefeituras do interior.
Riva disse ainda acredita que Maggi será o candidato a governador do grupo governista, apesar dos nomes já colocados como pré-candidatos.
O senador já havia sido absolvido, cerca de 15 dias antes, em ação semelhante na esfera federal, pelo então juiz Julier Sebastião da Silva (PMDB). O ex-secretário de Fazenda Eder Moraes (PMDB) também foi absolvido, enquanto Vilceu Marchetti (Infraestrutura) e Geraldo de Vitto (Administração) foram condenados.
O presidente da Assembleia Legislativa, Romoaldo Junior (PMDB), foi outro que viu política na ação do MPE. Porém, ele atribuiu o processo à “ânsia de aparecer dos promotores”.
Superfaturamento
O Escândalo dos Maquinários envolve o superfaturamento de R$ 44 milhões ocorrido em 2009, no Governo de Maggi, na aquisição de 705 máquinas para o programa “Mato Grosso 100% Equipado”. As máquinas custaram, no total, R$ 241 milhões.
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