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Governo fecha acordo com Fórum Sindical, mas categorias protestam

Governo fecha acordo com Fórum Sindical, mas categorias protestam

Por: Mídia News\ DOUGLAS TRIELLI DA REDAÇÃO
Publicado em 25 de Maio de 2015 , 18h43 - Atualizado 25 de Maio de 2015 as 18h43


O secretário de Estado de Gestão, Júlio César Modesto, apresentou, nesta segunda-feira (25), uma nova proposta aos servidores do funcionalismo público estadual para o pagamento da reposição inflacionária salarial (Revisão Geral Anual) de 2014.
 
Na última semana, o governador Pedro Taques (PDT) dividiu a reposição de 6,22%, em duas parcelas de 3,11%. A decisão não agradou parte dos servidores.
 
Durante reunião com líderes do Fórum Sindical, na manhã desta segunda-feira (25), na Secretaria de Gestão, Modesto propôs que o pagamento da segunda parcela, seja feita em novembro deste ano. A primeira parcela irá cair na folha deste mês.
 
Ainda na proposta apresentada pelo secretário, o retroativo referente à correção inflacionária do período entre maio e novembro será pago em janeiro de 2016.
 
“Os sindicatos já têm assembleias agendadas e vão levar essa proposta para a base e depois irão responder. Mas já recebemos com antecipação, dos líderes, que a proposta será aceita”, afirmou.
 
Segundo Diany Dias, representante do Fórum Sindical, a proposta será apresentada em assembleias marcadas ao longo desta semana. Cada sindicado irá responder individualmente ao secretário.
 
“A nossa intenção é dar sustentabilidade para o Governo trabalhar. Queremos que o Estado cresça, o servidor público também trabalha para que o Estado cresça. Então, cada presidente estará buscando em sua base a compreensão ou não do parcelamento da reposição”, afirmou.
 
Exclusão
 
Dos 26 sindicatos, apenas 21 participaram do encontro. Ficaram de fora da reunião os sindicatos do Departamento Estadual de Trânsito (Sinetran), da Universidade do Estado de Mato Grosso (Adulnemat), da Secretaria de Infraestrutura (Sindsinfra), da Procuradoria-Geral do Estado (Asproger) e do Desenvolvimento Econômico e Social (Sindes).
 
De acordo com Modesto, a exclusão das categorias foi a pedido dos principais líderes do Fórum Sindical. No entanto, o grupo foi reagendado para uma reunião em seguida a do Fórum Sindical.
 
“Essa reunião foi marcada com o Fórum Sindical. Me parece que essas categorias que não participaram não são presenças constantes nas reuniões de planejamento do Fórum. Mas vamos, agora, atender às demais categorias, porque o diálogo está aberta com todos do Poder Executivo”, disse.
 
Mesma proposta
 
Os cinco sindicatos que não participaram da reunião são os que apresentam maior resistência em aceitar o parcelamento.
 
No entanto, Modesto afirma que a proposta será a mesma para todos os servidores do Executivo.
 
“A proposta tem que ser igual a todo para todo Executivo. Ela é isonômica para todo servidor. Não tem diferença, nem vantagem para nenhuma categoria”, afirmou.
 
Protestos
 
A exclusão das categorias na reunião gerou protestos no saguão da Secretaria de Gestão.
 
Para o presidente do Sindicato do Desenvolvimento Econômico e Social (Sindes), Adolfo Grassi, a exclusão foi uma atitude impositiva do secretário de Gestão, junto com líderes do Fórum Sindical.
 
“Para a nossa surpresa, não tivemos como discutir essa pauta de manhã. Então, isso nos entristece, porque é um governo que diz que valoriza o servidor, mas nós não estamos lá. É um sindicato legítimo, com registro”, disse.
 
“O governador está sendo mal assessorado, porque vem aqui dizendo uma coisa que não está cumprindo. O seu discurso está sendo um e sua prática outra. Então, precisa identificar se vai valorizar os servidores ou se está a serviço de um grupo elitizado que domina o Estado”, completou.
 
Após o encontro, os líderes do Fórum Sindical foram recebidos sob vaias e gritos de guerra.
 
“Fórum pelego, a serviço do Governo”, diziam.
 
"Ato autoritário"
 
Para o representante do sindicato dos servidores da Unemat, Leoni Boff, a exclusão de algumas categorias da reunião foi um ato "autoritário, antidemocrático e sem diálogo". 
 
Segundo eles, a participação de sindicatos que tem opinião diferente da maioria daqueles que compõe o Fórum poderia ser uma contribuição significativa para o encontro. 
 
"Na sexta passada participamos da reunião, fizemos uma cobrança da reposição integral. Foi convocada para hoje essa nova reunião. Para nossa surpresa, quando chegamos aqui, a reunião já havia começado e não pudemos entrar para representar a categoria. Também precisamos ouvir a proposta do Governo", completou Gustavo Amorim, que representa os servidores da Procuradoria Geral do Estado (Asproger).
 
Já o representante do SindSinfra, José Carlos, afirmou que as categorias ficaram de fora da reunião por conta de um acordo entre o Governo e o Fórum Sindical.
 
“Nós ficamos de fora, porque houve um acordo entre o Fórum Sindical e o Governo para excluir quem não concorda com a posição do Governo em dar a reposição de modo parcelado”, afirmou.
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