O empresário do agronegócio Eraí Maggi (PP) afirmou que está analisando o convite do senador Pedro Taques (PDT) para ser o candidato a vice-governador na chapa que teria o parlamentar como candidato ao Governo do Estado.

De acordo com o produtor rural, o convite será avaliado em conjunto com a direção de seu partido, em uma reunião na próxima segunda-feira (24).

“Estivemos por três dias, junto com o Otaviano Pivetta (PDT), em uma feira agropecuária na cidade de Não Me Toque, no Rio Grande do Sul, e o senador me convidou para ser vice na chapa dele. Eu ainda não respondi, pois esse convite precisa ser avaliado junto com o PP”, disse Eraí.

Apesar do “flerte” com Taques, que lidera a oposição, o PP tem participado das reuniões do grupo situacionista, que quer eleger o novo governador com apoio do atual, Silval Barbosa (PMDB), e da presidente Dilma Rousseff (PT).

Ao ser questionado, Eraí admitiu que não deseja se colocar como um candidato de oposição ao atual Governo e poderia se sentir desconfortável com isso.

"Essa questão é discutível sim com meus ideais. Gosto realmente de muitos trabalhos que o Governo está fazendo. É um ousadia trazer infraestrutura para cá, ir atrás de recurso para fazer acontecer", disse.

"Eu tenho defendido isso em público, que foi muita coragem do governador Silval Barbosa (PMDB) buscar esses investimentos, estar junto com o PT é bom para Mato Grosso, estar perto do Michel Temer [vice-presidente pelo PMDB] também. A persistência do Silval de buscar e implantar é legal, é bom para Mato Grosso", completou.

Eraí também afirmou que não descartou a suplência de senador oferecida pelo atual deputado federal e possível candidato ao Senado Wellington Fagundes (PR).

"Não é muito diferente de uma lavoura. A gente em que olhar uma roça, tem que olhar outra. Tem que olhar todas. De repente uma área é melhor, outra chove mais, outra tem mais fertilidade. Na política tem que avaliar todos os pontos. Convite e simpatia eu tenho geralmente com bastante pessoas. Eu sou para somar".

As declarações foram dadas em evento do ministro da Agricultura, Neri Geller (PMDB-MT), na tarde desta quinta-feira (20), em Cuiabá. Eraí já pertenceu aos quadros do PDT e foi cotado para ser suplente de Taques. Porém, acabou recuando para evitar a disputa com seu primo Blairo Maggi (PR), que foi candidato a senador por outra coligação. Na disputa deste ano, ele considerou o apoio de Blairo fundamental.

Outras candidaturas

No ano passado, Eraí Maggi se filiou ao PP com grande barulho, afirmando que queria disputar o comando do Palácio Paiaguás. Ele acabou descartando o projeto e agora avalia, além da vice-governadoria, participar da eleição como suplente de senador.

“Considero muito importante ter alguém do setor produtivo no processo eleitoral deste ano”, disse.

Além dele, estão cotados para ser vice de Pedro Taques a deputada estadual Luciane Bezerra (PSB), o deputado federal Nilson Leitão (PSDB), e o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino Franz (PSDB).