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Deputada Luciane Bezerra é destaque em entrevista ao jornal inglês The Times.

Cada uma das 56 intervenções relacionadas com a Copa do Mundo sofreram atrasos

Por: Show de Notícias
Publicado em 03 de Abril de 2014 , 12h01 - Atualizado 03 de Abril de 2014 as 12h01


A deputada estadual Luciane Bezerra (PSB) concedeu uma entrevista ao jornal britânico The Times, que realizou um panorama dos problemas enfrentados pela capital de Mato Grosso, Cuiabá que irá sediar os jogos da Copa do Mundo em junho deste ano. Com 56 obras simultâneas, o periódico questiona a qualidade das mesmas e o prejuízo vivenciado pela população. A deputada reitera que protestos devem assolar o país durante o Mundial, devido à indignação da população.

 

O The Times começa a reportagem com a afirmativa de que Cuiabá não é uma escolha óbvia para sediar a Copa do Mundo e cita também as equipes de futebol do Estado que não estão entre os melhores classificados do país.

 

“Isso é apenas o começo de seus problemas. Com poucos meses até o torneio, os visitantes que chegam à cidade podem ver imediatamente o quão mal os preparativos estão indo. O terminal do aeroporto da Copa do Mundo é uma concha vazia de vigas de aço. Uma estrada de ferro planejada levando à cidade é uma vala enlameada, enquanto o trabalho de construir obstrui o tráfego. A obra será concluída meses após a competição terminar, e já é assunto de uma investigação de fraude federal”, afirma a reportagem.

 

O jornal também acrescenta que o concreto em muitos dos novos projetos como estradas, pontes e valas de drenagem já está rachando.

 

“A Copa do Mundo foi concebida para ser uma oportunidade para a capital do Estado de Mato Grosso - o celeiro do Brasil no centro geográfico preciso da América do Sul - para atualizar seu sistema de transporte e mostrar ao mundo a sua melhor face. Ao invés disso, os moradores da cidade queixam-se que bilhões de dólares foram desperdiçados em um lugar onde os hospitais públicos são um caos”, destaca.

 

Na reportagem, o secretário da Copa (Secopa), Maurício Guimarães reconhece que ‘foi um projeto muito ambicioso’. "Este é o maior evento que já aconteceu em Cuiabá”, afirmou.

 

A falta de hotéis para os cerca de 200 mil torcedores estrangeiros esperados em Cuiabá, também é um problema e a cidade pediu 1.000 casas para abrir as suas portas aos turistas.

 

Cada uma das 56 intervenções relacionadas com a Copa do Mundo sofreram atrasos e a tormenta por problemas de construção, ou está sob investigação das irregularidades por parte do Ministério Público Estadual (MPE). 

 

"Eles deixaram para o último minuto", disse André Schuring, um engenheiro de Cuiabá, acrescentando que a tentativa súbita de fixar a infraestrutura, há muito tempo negligenciada, tudo de uma vez causou caos nos últimos dois anos na Capital.

 

O seu relatório para a comissão de engenharia da cidade, encomendado pela Assembleia Legislativa do Estado é preocupante. "Eles vão ter que fazer tudo de novo. Houve uma falta de planejamento por parte do Governo", destacou.

 

Há também questões sobre o futuro dos £ 140 milhões (mais de R$500 milhões), investidos na Arena Pantanal com 42.500 lugares, que sediará apenas quatro jogos envolvendo a Rússia, Japão, Chile, Colômbia, Bósnia, Coreia do Sul, Austrália e Nigéria. A Arena foi construída com recursos públicos, e será gerida após o torneio por uma concessão privada, embora os organizadores da Copa do Mundo admite, que ainda não sabem como será usada - shopping center, sala de concertos ou estádio de futebol - e não divulgará quantas licitações foram feitas para a concessão.

 

"Ao invés de investir no setor do turismo, o Governo concentrou-se em projetos de infraestrutura, porque eles são mais fáceis de enganar", disse Luciane Bezerra (PSB), parlamentar de oposição. Ao invés de estimular o crescimento, disse ela, a Copa do Mundo deixará Mato Grosso com uma dívida £ 2.000.000.000 (por volta de R$6 bilhões).

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JUARA MATO GROSSO



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