O presidente do PMDB em Mato Grosso e deputado federal, Carlos Bezerra, comemorou a liberação pelo Tribunal Regional Eleitoral – TRE/MT, da deputada Janaina Riva que foi eleita pelo PSD, mas que já sinalizou sua opção de mudar para a sigla peemedebista.

“Essa decisão judicial vai abrir caminho para outros nomes”, disse Carlos Bezerra que acredita na possibilidade de pelo menos outros dois deputados estaduais e até mesmo um federal, acompanharem o senador Blairo Maggi que também já anunciou sua filiação ao PMDB e aguarda apenas uma consulta ao TSE por causa das novas regras definidas pelo Congresso Nacional.

Carlos Bezerra disse que prepara uma grande festa para a chegada de Janaina Riva ao PMDB, mas preferiu não adiantar datas até por uma questão de conversação com outros interessados em vir para a sigla e disputar as eleições de 2016 em um dos 141 municípios de Mato Grosso.

Ele não escondeu que o partido conversa com os deputados Emanuel Pinheiro e Wagner Ramos, ainda filiados ao PR, mas que devem migrar para o PMDB, enquanto os deputados Mauro Savi e Ondanir Nininho, deverão ir para o PSB, amarrando em definitivo a relação com o prefeito de Cuiabá e presidente do PSB, Mauro Mendes.

O prefeito Mauro Mendes tenta uma engenharia para estar com os principais nomes da política de Mato Grosso em apoio a sua reeleição, o que facilitaria o processo de uma nova disputa eleitoral.

O problema de Mauro Mendes é que desde 1998 ele se uniu a grupos políticos antagônicos que dificultam o entendimento entre o PSDB do governador Pedro Taques e o PR, PT e PMDB que marcharam juntos em 2010, 2012 e 2014.

“Não vejo problema nenhum para o PMDB caminhar com Mauro Mendes e até mesmo indicar o candidato à vice na chapa em que o prefeito disputará a reeleição em 2016”, explicou o presidente do PMDB, sinalizando por outro caminho que essa é uma decisão do próprio prefeito, mas é algo conversável e discutível até porque a intenção do partido é de assegurar políticas públicas de resultado para a capital de Mato Grosso e sua gente.

Carlos Bezerra asseverou que o partido trabalha para ter candidatura própria, mas que não vai entrar em aventuras ou endurecer na relação com outros partidos aliados e que tenham semelhança em seus conteúdos programáticos.

Ele assinalou também que o atual momento político em Brasília, onde começa a tramitar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, não deverá atrapalhar o processo sucessório municipal que arregimentará base para as eleições gerais de 2018.

“São questões distintas, sem contar que as eleições municipais são muito mais regionalizadas. A interferência vai existir, é claro, mas sem grandes repercussões, pois cada cidade tem sua realidade político-partidária”, disse Carlos Bezerra convicto que o PMDB em Mato Grosso começa um novo momento com a chegada de novos nomes e que são lideranças políticas com potencial político muito grande.