Câmara de Cuiabá: Júlio Pinheiro tem votos e, Chico, melhor relação com Mendes
Disputa "extra" pela presidência revela perfis distintos com escândalo e inquérito policial
A disputa extra pela Presidência da Câmara Municipal de Cuiabá, marcada para a manhã desta quinta-feira (5), deve contrapor o poder de barganha e a agregação política.
Como pretensos candidatos estão Júlio Pinheiro (PTB) e Chico 2000 (PR), ambos em segundo mandato e fiéis ao prefeito Mauro Mendes (PSB), desde o início de sua gestão.
Despontando nos bastidores está Pinheiro, ex-presidente da Câmara do biênio 2011-2012 e com uma gestão considerada das mais conturbadas.
Em abril do ano passado, por tentativa de agressão com um garfo de churrasco contra sua esposa, Gyseli Pinheiro, o parlamentar correu o risco de ter o mandato cassado.
Após desgastes, Gyseli afirmou, em carta pública, que não foi agredida pelo marido. O caso não teve prosseguimento na Câmara.
Foi Pinheiro, quando assumiu a Prefeitura no lugar do prefeito Chico Galindo (PTB) por 15 dias, o responsável por assinar a concessão dos serviços de água e esgoto da Capital.
Os serviços foram concedidos à CAB Ambiental, empresa atualmente alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que surgiu sob o argumento de prestar "péssimos serviços" ao Município.
Inquérito policial
Outro candidato à presidência da Câmara, Chico 2000 tem menos votos que Júlio Pinheiro, mas a seu favor teria o apoio do líder do Governo na Casa, Leonardo Oliveira (PTB).
A justificativa que estaria sendo levada em conta para sua campanha é a boa relação – melhor que a de Pinheiro - com o prefeito Mauro Mendes.
Na Justiça, Chico 2000 já foi alvo de um inquérito policial da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), em 2009.
Ele foi acusado de degradar uma Área de Preservação Permanente (APP).
Dono de uma chácara na Rodovia Emanuel Pinheiro - a MT-251, que liga Cuiabá e Chapada dos Guimarães -, ele teria duas edificações irregulares construídas às margens do Rio Paciência.
O caso foi encaminhado para a Dema por reincidência no assunto.
Em 2007, Chico foi multado em R$ 50 mil, por não cumprir determinação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
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