Blairo Maggi nega rompimento com o Governo Dilma
Blairo Maggi nega rompimento com o Governo Dilma
O senador Blairo Maggi (PR) negou que tenha pretensões de romper com o Governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
Aliado de primeira hora, o ex-governador de Mato Grosso fez duras críticas à atual gestão da petista, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, no início deste mês.
“Meu posicionamento no Congresso não tem nada a ver, como foi noticiado, com questão de rompimento com Governo. O que estou fazendo é pontuar as coisas com as quais eu, pessoalmente, não concordo e que a grande maioria da população também não concorda”, disse.
Para Maggi, o fato de ter estado no palanque que elegeu pela segunda vez Dilma não tira o seu direito de apontar o ele acredita “erros” do Governo.
“Eu ajudei a reeleger a presidente Dilma, estava no palanque dela, tenho todo direito de pontuar quando as coisas não estão indo bem. Na minha avaliação, estamos em uma situação de crise política e econômica bastante profunda”, afirmou o senador.
“Se não tivermos paciência no tratamento dessas duas coisas, uma vai empurrando a outra para frente, as coisas vão piorar, antes de melhorar. E se essa tese estiver correta, precisamos alertar o Governo para que ele não sufoque o pouco da econômica que ainda temos”, disse.
Fase pré-falimentar
Para Blairo Maggi, a tentativa de fazer um superávit primário de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) está sacrificando muitas empresas, que estão sem receber, segundo ele, desde outubro de 2014.
“O ministro Joaquim Levy recebeu a incumbência de fazer um superávit primário de 1,2% do PIB. Ele está fazendo isso, mas a custos muito elevados. Os pagamentos que deveriam ocorrer em outubro, novembro, só vão correr em maio. E é fato que as empresas não têm capital de giro para suportar isso”, disse.
“Então, as empresas estão, praticamente, em uma fase pré-falimentar e isso não é bom para a economia, porque você vai criando um suspense. E isso dá um breque muito mal para econômica. Por isso, faço essas pontuações”, afirmou.
O senador acredita que a economia só volte a melhorar após grandes ajustes. No entanto, ele defendeu que o empresariado não seja “sacrificado”.
“Não acredito que vamos sair dessa situação sem o ajuste econômico que está sendo feito. Isso é necessário. O que se discute é a forma como se faz. Uma coisa é você discutir o superávit daquilo que você tem para gastar pela frente. Outra é quando se faz daquilo que já foi gasto. Isso traz consequências graves, não só para empresas, mas para os municípios e prestadores de serviços”, completou o líder do PR.
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