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Base do prefeito Mendes e oposição trocam acusações

Base do prefeito Mendes e oposição trocam acusações

Por: Midia News
Publicado em 10 de Setembro de 2013 , 01h43 - Atualizado 10 de Setembro de 2013 as 01h43


A primeira sessão ordinária da Câmara de Cuiabá após o afastamento de João Emanuel (PSD) da presidência, na manhã desta terça-feira (10), é marcada pela troca de acusações entre a base do prefeito Mauro Mendes (PSB), responsável pelo afastamento do presidente, e a oposição, liderada pelo vereador.

 

O 1º vice-presidente, Onofre Júnior (PSB), assumiu a função de João Emanuel e está no comando da sessão ordinária. Na semana passada, não houve sessão devido a problemas na rede elétrica do Palácio Paschoal Moreira Cabral.

 

O vereador Dilemário Alencar (PTB), pertencente à base do prefeito, acusou o secretário-geral da Câmara, Aparecido Alves, de chantagear e ameaçar os vereadores governistas, afirmando ter conhecimento de denúncias contra eles. “Não podemos aceitar chantagem. Eu posso requerer a saída dele da Câmara”, afirmou.

 

O vereador Ricardo Saad (PSDB), pertencente à oposição, acusou o prefeito Mauro Mendes de liderar a atuação contra João Emanuel e mandar nos 16 vereadores que aprovaram seu afastamento. “Não há independência nesse Poder Legislativo”, afirmou o parlamentar.

 

Para Toninho de Souza (PSD), a Câmara também perdeu sua independência, não só em função da interferência do Poder Executivo, mas também por conta da judicialização dos atos da Câmara. “O caso do João Emanuel é só o começo e pode haver uma carnificina”, disse.

 

O vice-líder do Governo, vereador Chico 2000 (PR), se defendeu da acusação de interferência do prefeito. “Eu sou um parlamentar, e não estou aqui como pau mandado do Mauro Mendes”, afirmou.

 

Após ter novo recurso negado pelo desembargador José Zuquim Nogueira, João Emanuel subiu à tribuna para afirmar que estava sendo julgado sem saber o motivo e sem ter o direito de se defender.

 

Ele reclamou, ainda, do fato de muitos que votaram nele para presidente terem contribuído para seu afastamento.

 

"Não quero acreditar que colegas que votaram em mim tenha mudado de ideia por motivos que não sejam ideológicos", ironizou.

 

O líder da bancada governista, Leonardo de Oliveira (PTB), contestou a reclamação.

 

“O vereador tem 15 dias para apresentar defesa, após a destituição do cargo de presidente. E a Comissão Processante vai avaliar todas as provas e argumentações encaminhadas”, disse.

 

Afastamento

 

O afastamento provisório de João Emanuel foi aprovado por 16 vereadores da base do prefeito Mauro Mendes (PSB), no dia 29 de agosto, em uma sessão polêmica, realizada no escuro e sem a presença de taquígrafos ou registros oficiais.

 

No dia seguinte (30), o vereador obteve uma liminar para se manter no cargo, concedida pelo juiz Roberto Teixeira Seror, da Quinta Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, que invalidou a sessão.

 

O 2º vice-presidente da Câmara, Haroldo Kuzai (PMDB), recorreu ao Tribunal de Justiça e o desembargador José Zuquim Nogueira acatou o recurso, afastando Emanuel da presidência do Legislativo.

 

Na noite de segunda-feira (9), ele negou o pedido de reconsideração protocolado pela defesa e manteve o vereador afastado da Mesa Diretora.

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