Após disputa interna e perda do ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva para o PMDB, PT já admite estar preparado para atuar na disputa eleitoral deste ano apenas como coadjuvante, sem indicar mais uma vez um candidato na chapa majoritária dos partidos da base aliada.

A afirmativa é do presidente estadual do PT, Willian Sampaio, que disse na tarde desta quinta-feira (3) durante entrevista coletiva, que a prioridade da sigla é a manutenção da unidade dos partidos da base aliada – PMDB, PT, PR, PSD, PCdoB, PP, PSC, PRB e Pros -, para garantir um palanque forte para a presidente Dilma Rousseff em Mato Grosso.

“O PT está preparado para não ter uma candidatura também. O PT vai apresentar seus nomes com o mesmo respeito que também vai receber dos outros partidos que formam nosso arco de aliança”, afirmou Sampaio.

Pelo atual cenário, nem PMDB, nem PR, arredam o pé das candidaturas majoritárias. Quando questionado se a agremiação não se incomoda com o fato de mais uma vez ser supostamente relegada pelo grupo ao posto de coadjuvante, Sampaio rebate diz o PT já tem um protagonista nacional.

“O PT o protagonista nacional. Um corpo não se sustenta sem os outros. Para manter uma base forte para Dilma precisamos abrir mão de algumas coisas nos estados”, disse.

Lúdio Cabral é o quarto pré-candidato formal dos partidos que dão sustentação à reeleição de Dilma. Os outros três são: o vice-governador Chico Daltro (PSD), Julier Sebastião da Silva (PMDB) e Maurício Tonhá, o ‘Maurição da Água Boa’ (PR).

Na tarde de hoje, o PT recebeu o registro de candidatura ao Senado do economista Vicente Vuolo, filho do ex-senador Vicente Emilio Vuolo.

Tanto a candidatura de Vuolo, quanto a para o governo de Lúdio Cabral serão avaliadas pelos delegados da sigla no dia 26. Para serem validadas elas terão que ser aprovadas. Somente depois os nomes serão levados para discussão com o arco de alianças.