Após ameaça, PP dá trégua e espera decisão de Silval
Após ameaça, PP dá trégua e espera decisão de Silval
Após reunião com o governador Silval Barbosa (PMDB), na noite da última quarta-feira (22), os deputados estaduais do PP, Antônio Azambuja e Ezequiel Fonseca, decidiram dar uma trégua e cessar o bombardeio sobre o secretário de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima (PP).
Eles vão esperar o governador avaliar o relatório elaborado pela Casa Civil e que contém um raio-x da situação da pasta, para definir o que fazer.
“Conversamos com o governador Silval ontem, e ele nos pediu para esperar um pouco. Ele falou que, sem ter os números na mão, fica difícil tanto indicar alguém quanto tirar [do staff]. Mas, ele já está com o relatório da Saúde na mão e, assim que ele avaliar o relatório, vai conversar conosco. Creio que, até o início da semana, que vem ele deve dar uma resposta”, disse Azambuja ao MidiaNews.
O deputado afirmou que o partido pode, até mesmo, reconsiderar o pedido para que Mauri fosse exonerado da pasta, se o governador provar que o quadro da Saúde está evoluindo.
“Ele vai ter que mostrar os números muito bons para concordarmos que o Mauri fique. Mas, como ele pediu um levantamento amplo e muito bem feito, vamos dar esse crédito”, disse.
Azambuja afirmou que, se os números forem ruins e Silval insistir em manter o secretário, a bancada do PP discutirá o que fazer. O rompimento com a base governista e a ida para a oposição são possibilidades concretas, de acordo com o parlamentar.
A reunião entre os deputados e Silval foi articulada pelo líder do Governo e presidente em exercício da Assembleia Legislativa, Romoaldo Junior (PMDB), que trabalhou para minimizar a crise instalada entre a bancada do PP e o secretário indicado pelo partido, no começo do ano.
O clima esquentou durante a sessão matutina da Assembleia da última quarta-feira (22), quando Romoaldo sugeriu que os deputados se reunissem para debater a questão com o governador.
Na tarde de ontem, Silval ironizou as críticas de Azambuja e Ezequiel, ao afirmar que os problemas da Secretaria de Saúde não são de hoje e lembrar que o PP está no comando da pasta há dois anos e meio
Azambuja afirmou, porém, que nunca culpou Mauri por problemas que não são de responsabilidade dele.
“Nunca dissemos que os problemas da Saúde são culpa do Mauri. A questão financeira da secretaria é culpa de vários governos para trás. Basicamente, é culpa dele a falta de compromisso com os deputados, respeito com o partido que o indicou, e a questão de não assinar processo para aquisição de medicamentos da farmácia de alto custo. Ele também não honrou os compromissos de parcelamento que ele fez com os hospitais e os órgãos conveniados, e isso está comprometendo todo mundo”, disse o deputado.
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