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Alvo de busca da PF, Cidinho teria tentado "acalmar" Silval

Residência do senador foi alvo de cumprimento de mandados de busca e apreensão nesta quinta

Por: MídiaNews/Camila Ribeiro
Publicado em 14 de Setembro de 2017 , 21h48 - Atualizado 14 de Setembro de 2017 as 21h48


A mando do ministro da Agricultura Blairo Maggi, o senador Cidinho Santos (PR) teria “aconselhado” o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) a desistir de delatar esquemas de corrupção em Mato Grosso.
 
A informação consta na decisão em que o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na residência do senador.
 
Conforme Fux, a tentativa de demover Silval da ideia de delação teria ocorrido durante uma visita que Cidinho fez ao ex-governador no Centro de Custódia da Capital, no período em que o peemedebista esteve preso.
 
O argumento utilizado para tentar convencer Silval seria o de que o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, mesmo assumindo participação em esquemas de corrupção no Estado, fora condenado a uma pena de mais de 21 anos de prisão, por peculato e lavagem de dinheiro, em sentença relativa a desdobramentos da Operação Arca de Noé.
 
Na ocasião, Cidinho também teria prometido a Silval uma ação no sentido de anular a Operação Ararath no Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
 
“Sustenta o MPF que Blairo Maggi teria enviado seu suplente, o senador José Aparecido dos Santos, como emissário de uma mensagem para Silval Barbosa, no presídio onde estava preso”, diz trecho da decisão.
 
“Cuidar-se-ia de uma promessa de que a Operação Ararath seria anulada perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, cumulada com um conselho para evitar o caminho trilhado por José Geraldo Riva, que, segundo o Senador, havia confessado crimes, e mesmo assim foi condenado a penas altas” (fls. 26/27)”, afirmou o ministro.
 
Na decisão, Fux lembrou ainda que o diálogo entre Silval e Cidinho foi gravado pelo ex-governador.
 
O áudio foi entregue ao Ministério Público Federal, em mídia juntada à delação do ex-governador, já homologada pelo STF.
 
“O Procurador-Geral da República sublinha que a fala final do diálogo indica que José Aparecido dos Santos falava em nome do atual Ministro da Agricultura”, afirmou Fux.
 
Na decisão em que decretou o cumprimento de mandado na casa de Cidinho, Fux afirmou que pesa contra ele indícios de "cometimento de crime de obstrução de investigação".
 
O ministro autorizou ainda o cumprimento de diligências em veículos potencialmente utilizados pelo senador.
 
“Fica autorizada a apreensão de documentos de qualquer natureza e livros contábeis, formais ou informais, recibos, agendas, ordens de pagamento e quaisquer outros elementos de prova relacionados aos ilícitos narrados nesta manifestação, notadamente aqueles que digam respeito à manutenção e movimentação de contas bancárias no Brasil e no exterior, em nome próprio ou de terceiros”, cita a decisão.
 
Por fim, o ministro Luiz Fux autorizou a apreensão de valores em espécie, seja moeda nacional ou estrangeira, que totalizem valor igual ou superior a R$ 30 mil, bem como outros objetos relacionados aos fatos, que "suscitem suspeita de constituírem produto de lavagem de dinheiro".
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JUARA MATO GROSSO



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