A família do bebê de um ano e oito meses que foi espancado até a morte, na madrugada desta sexta-feira (5), desconfia que o padrasto da criança - suspeito do crime - tenha agido com tamanha violência por sentir ciúmes da criança.

O crime ocorreu por volta da meia-noite, no bairro Dom Aquino, na Capital.

Segundo afirmou uma tia da criança - que prefere não ser identificada -, o rapaz de 23 anos tem um filho de sete meses com a mãe da vítima.

Seu filho, porém, está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral Universitário da Capital há algum tempo.

"Tudo indica que ele (o padrasto) tenha batido no menino porque o filho dele está em estado grave no hospital. Ele tinha ciúmes do menino (vítima), que é filho de outro”, disse a mulher aos policiais.

De acordo com a testemunha, ao prestar socorro à criança, levando-a ao HGU, o padrasto chegou a acompanhá-la, mas fugiu depois de ver que a criança não havia sobrevivido.

“Ele (o padrasto) foi no carro também. Quando avisei que o menino estava morrendo. Ele parou e não entrou mais no hospital. Voltou e não o encontramos mais”, completou.

Desde então, a Polícia Militar tenta localizar o suspeito. Ao retornarem à casa da família, não mais encontraram o suspeito.

"Depois, ele ainda levou o bebê para a casa até a chegada da mãe, que colocou o bebê para dormir. A mãe veio até o meu ponto de lanches. Ao voltar encontrou o menino quase morto”, explicou.

A tia acrescentou tem um ponto de lanches a cerca de 100 metros da residência do casal. Ao pagar uma dívida de R$ 20, a mãe voltou para casa e se assustou com o filho desacordado e com hematomas.

“De imediato, colocamos a mãe, o menino e o padrasto no carro e corremos para o Hospital Geral. Entrei correndo e os médicos foram atendendo. Tentaram reanimá-lo, mas não teve jeito”, relembrou a tia, emocionada.

Investigação

O laudo de necropsia confirma as suspeitas de espancamento do menino.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).

Policiais plantonistas informaram que, caso o suspeito não se apresente nos próximos dias, será pedida a prisão preventiva dele.