Suspeito de matar advogada em MT sai do coma após 10 dias, diz hospital
Suspeito de matar advogada em MT sai do coma após 10 dias, diz hospital
Há quase duas semanas internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o paraguaio Cristiano Inácio dos Santos, de 24 anos, suspeito de assassinar a advogada Alessandra Martignago, no último dia 29, em Primavera do Leste, a 218 km de Cuiabá, respondeu aos estímulos provocados pela equipe médica do Hospital Regional de Rondonópolis, a 218 quilômetros de Cuiabá, e saiu do coma nesta quarta-feira (10). Ele foi internado após sofrer um acidente com um veículo de propriedade da vítima, o qual teria roubado.
O boletim médico divulgado pela unidade de saúde aponta que foi reduzida a sedação e que o paciente está respondendo aos estímulos. No entanto, o quadro clínico dele ainda é delicado, tanto que deverá permanecer na UTI, sem previsão de obter alta.
Cristiano tentou fugir da polícia quando estava andando pela cidade com um carro de luxo da vítima. O carro caiu em um lago e ele foi arremessado a alguns metros do local do acidente. O suspeito ficou ferido gravemente e a caminhonete em que ele estava ficou destruída. Antes do acidente, segundo a Polícia Civil, ele teria supostamente esfaqueado a vítima na casa dela, a qual ele teria invadido.
A única ligação entre o suspeito e a vítima, conforme a polícia, seria o fato dele ser ex-marido de uma mulher que havia trabalhado na casa dela há alguns meses. Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, há indícios de que ele teria nutrido uma paixão por ela e a matou diante da recusa dela.
A Polícia Civil informou nesta quarta-feira (10) que várias testemunhas do crime já foram ouvidas e que ainda hoje os irmãos de Alessandra irão prestar depoimento. Já deram depoimento a ex-mulher do suspeito, bem como os colegas de trabalho dele. Cristiano era operador de máquina e trabalhava em uma propriedade rural de Primavera do Leste.
Alessandra estava sozinha em casa quando o suspeito invadiu a residência, após pular o muro lateral. O delegado regional Percival Eleutério havia dito que tinha sinais de que a vítima teria tentado se defender dele antes de ser morta com uma facada no pescoço.Segundo ele, provavelmente a vítima teria reagido porque estava toda machucada e nua, no entanto, não havia marcas de violência sexual.
No dia seguinte ao crime, um amigo de Alessandra, Evandro Zanatta, disse que nunca a ouviu dizer sobre uma obsessão que o criminoso teria por ela, como a polícia concluiu após ele ter levado fotografias, perfumes e até peças íntimas dela.
"Ela nunca chegou a comentar sobre essa obsessão que ele teria, o que sabemos é que ela estava atuando no divórcio dessa ex-empregada com o suspeito do crime", relatou o amigo.
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