A Secretaria de Segurança Pública do Estado suspendeu os exercícios das funções do delegado João Bosco de Barros e da mulher dele, a investigadora da Polícia Civil, Gláucia Alt. Os dois são acusados de ligação com uma quadrilha de traficantes de drogas.

As portarias que determinam os afastamentos foram publicadas no Diário Oficial do Estado do dia 9 de agosto. Barros e Gláucia, no entanto, vão continuar recebendo os salários normalmente.

Os dois policiais foram presos durante a Operação Abadom, desencadeada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) de Cuiabá, no dia 27 de junho.

O objetivo da ação policial foi desmantelar uma quadrilha de traficantes. Os policiais civis são acusados de “proteger” os criminosos.

Na ocasião, o delegado e a policial foram presos, mas já estão em liberdade. Eles foram indiciados pelos crimes de concussão e extorsão.

A operação

Segundo a delegada Alana Cardoso, da DRE, as investigações iniciaram em dezembro, com a prisão em flagrante de uma pessoa, na rodoviária de Várzea Grande. O suspeito estava com drogas.

“A partir dessa prisão chegamos a mais 14 pessoas, num total de 15, envolvidos com o esquema”, frisou.

Além de Bosco e Gláucia, outras 11 pessoas foram presas, acusadas de fazerem parte da quadrilha.

Desses presos, quatro já estavam atrás das grades da Penitenciária Central do Estado, mas continuavam enviando ordens por telefone celular para as ações criminosas ligadas ao tráfico.

O suposto chefe do esquema, Marco Antonio da Silva, o “Nenem”, foi preso há duas semanas em São Luiz (MA), durante um evento sertanejo.

O delegado Gustavo Francisco da DRE contou com o apoio dos policiais do Denarc (Departamento de Narcóticos) do Maranhão para localizar o acusado.