A Polícia Civil prendeu mais duas pessoas suspeitas de envolvimento no assassinado de uma moradora da cidade de Porto dos Gaúchos, 644 km de Cuiabá, que teria sido estuprada e torturada antes de morrer. A vítima tinha 34 anos e foi morta após várias pauladas na cabeça. Um homem, de 33 anos, já havia sido preso após confessar o crime e, em depoimento à polícia na sexta-feira (27), revelou a suposta participação de dois amigos no caso.

Eles tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça e estão detidos na cadeia pública do município. De acordo com a polícia, os dois suspeitos foram presos na zona rural da Gleba São João, vilarejo a 40 km de Porto dos Gaúchos, mesmo local onde o corpo da mulher foi encontrado. Na delegacia, os moradores negaram qualquer envolvimento com o crime, disseram que não conheciam a vítima e que só tinham visto algumas vezes em festas na região.

Mesmo após confessar ser o autor do crime, o homem teria prestado um novo depoimento na última semana quando contou sobre o suposto envolvimento de mais duas pessoas.

A polícia informou que ele relatou que teve apenas um caso com a mulher e que, no dia do crime, teria tido relação sexual com ela. Porém, na nova versão sobre o caso, o assassinato teria sido cometido pelos dois colegas.

Ao G1, a polícia disse que descarta a não participação dele no caso e que as investigações devem ser concluídas nos próximos dias.

A vítima desapareceu no dia 18 de março e teve o corpo encontrado no dia seguinte, na zona rural da Gleba São João. A equipe da Polícia Civil foi ao local do crime e colheu objetos que auxiliaram na identificação do suspeito preso. Ele trabalhava em uma serraria nas proximidades da Gleba.

O suspeito abordou a vítima quando ela estava a caminho de casa, voltando do posto de saúde, onde teria ido fazer uma consulta. Ela estava em uma motocicleta. O criminoso estuprou a mulher e, em seguida, a matou com três pauladas na cabeça. Investigadores foram até a residência do homem e durante buscas no local encontraram a jaqueta da vítima, pendurada no varal, na varanda da casa.

O delegado Albertino Felix de Brito Junior relatou que o morador estava se preparando para fugir, em razão dos indícios apontá-lo como autor do homicídio.

“Ele não foi trabalhar no dia do crime e foi visto fazendo o mesmo caminho que a vítima fazia para retornar para casa”, disse o delegado.

Após confessar a autoria do estupro e do homicídio, o homem levou os policiais até o lugar onde ocorreu o crime e mostrou também o lugar em que escondeu os objetos usados na execução. Foram encontrados a camisinha e o pedaço de madeira que o acusado utilizou para estuprar e matar a vítima.

Em depoimento na delegacia, ele disse que a vítima pediu por sua vida e que mesmo assim a matou. De acordo com o delegado, o exame de necropsia realizado pelos peritos de Juína apontou que a vítima foi torturada antes de morrer.