Polícia espera DNA, mas pistas incriminam comerciante
Polícia espera DNA, mas pistas incriminam comerciante
Em 15 dias, prazo estipulado pelo Laboratório Forense de Mato Grosso, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa espera receber o resultado de exame de DNA, para confirmar se a pessoa que foi morta e queimada num forno de pizzaria é mesmo a estudante Katsue Stefane dos Santos Vieira, de 25 anos.
O material da mãe da jovem, Maria Eunice Vieira, foi colhido na segunda-feira (6) para confrontar com o sangue colhido ao redor do forno, na Pizzaria Fornalha, no bairro Barbado, na Capital.
O delegado Silas Caldeira, titular da DHPP, admitiu que o material colhido tenha sido prejudicado devido à água jogada no local para apagar o forno.
Mas, ele acredita que, mesmo assim, será possível fazer o exame, uma vez que os fragmentos de ossos retirados do forno não servem para a realização do trabalho.
O delegado lembrou que, na tarde de segunda-feira, a mãe da jovem reconheceu a pulseira e a tornozeleira apreendidas no local como sendo da filha.
A mãe disse aos policiais que a filha trabalhava como ajudante de cozinha e não entende a insistência com que ela vem sendo tratada como garota de programa.
A casa noturna, onde ela foi vista pela última vez, no bairro Concil, informou que ela não era funcionária da casa.
O delegado acrescentou que a próxima etapa será a prisão do jovem Weber Melques Venandes de Oliveira, 22, que está com a prisão temporária decretada por 30 dias e é considerado foragido da Justiça.
Ele confessou ao próprio pai o crime e fugiu, após isso. Uma das suspeitas é que ele esteja escondido em Minas Gerais, onde tem familiares.
Katsue teria sido assassinada por volta das 4 horas da madrugada da última sexta-feira (3), dentro do prédio onde funciona a Pizzaria Fornalha, no bairro Barbado.
Foi nesse horário que vizinhos ouviram vários gritos. Eles acionaram a Polícia Militar, que esteve no local, mas nada foi encontrado. Os PMs teriam batido na porta, mas com o silêncio, acreditavam não haver nada de anormal.
Segundo policiais da DHPP, a jovem teria sido executada nesse horário. O delegado Silas Caldeira, titular da DHPP, destacou que somente o próprio Weber é que poderá esclarecer o que houve dentro da pizzaria e que terminou com a morte da jovem.
Ao pai, Weber teria dito que havia matado uma mulher na pizzaria, para justificar a roupa suja de sangue, ao chegar em casa, na manhã de sexta-feira.
Weber teria confessado que matou e esquartejou uma mulher. Não satisfeito, jogou os pedaços do cadáver dentro do forno da pizzaria.
Conforme as investigações, entre meia-noite e 6 horas, não existia lenha suficiente para queimar no forno, mas, no final da manhã, ainda havia fogo.
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