O inquérito civil sobre a morte da juíza Glauciane Chaves de Melo foi encaminhado na tarde desta quarta-feira (12) ao Fórum de Alto Taquari (479 Km ao Sul de Cuiabá), que distribuirá para o Ministério Público Estadual (MPE). A informação é do delegado João Ferreira Borges Filho, responsável pelo caso.

A magistrada foi assassinada com dois tiros na nuca em seu gabinete, na última sexta-feira (7) pelo ex-marido, o enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima.

Após ouvir 12 pessoas, entre elas funcionárias do Fórum, amigos em comum do casal, policiais que trabalham no local do assassinato e policiais que atuaram na operação de busca, o delegado apresentou o documento, em que indicia Evanderly por homicídio duplamente qualificado, com motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima.

A partir do encaminhamento, o prazo do Ministério Público se manifestar é de cinco dias, devido a prisão do enfermeiro.

“Eu acredito que o promotor deva oferecer a denúncia e que Evanderly deva ir a júri popular. Caso seja julgado por homicídio duplamente qualificado poderá ficar de 15 a 30 anos preso”, explicou.

A respeito de possíveis antecedentes criminais do enfermeiro, João Ferreira informou que até o momento nada foi encontrado.

O crime

A juíza Glauciane Melo, 42, foi assassinada com dois tiros na nuca, pelo ex-marido, o enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima, no dia 7 de junho. O crime ocorreu dentro do gabinete da magistrada, no Fórum de Alto Taquari.

Após o crime, Evanderly fugiu para a mata e foi encontrado na última segunda-feira (10).

O enfermeiro foi encaminhado à Capital, onde está no Anexo 2 da Penitenciária Central do Estado (PCE).

Inicialmente com a tese de que o crime não havia sido premeditado, o delegado responsável pela investigação, João Ferreira Borges Filho, descartou a hipótese nesta semana.

Segundo ele, não haveria motivo algum para Evanderly se encaminhar ao Fórum armado se não fosse para matar a ex-esposa.