Policiais militares prenderam, na tarde de quarta-feira (31), três jovens – sendo dois adolescentes – acusados de invadir uma residência no bairro Boa Esperança, na Capital, onde fizeram uma família inteira refém.

Após roubarem vários pertences, eles fugiram levando o carro da vítima, um Renault Sandero branco.

Horas depois, os policiais prenderam Jonathan Cardoso Pinto, de 18 anos, depois de uma troca de tiros com a equipe da PM.

Os três contaram aos policiais que o roubo foi comandado de dentro da Penitenciária Central do Estado, no bairro Paschoal Ramos, por meio de telefone celular.

Eles receberam todas as informações sobre a residência. O carro seria revendido assim como os pertences e o dinheiro seria usado para comprar entorpecentes.

O automóvel seria entregue para um traficante em Sinop (500 km ao Norte da Capital), que, além do dinheiro, repassaria uma certa quantidade em entorpecentes.

O assalto ocorreu por volta das 15 horas, no momento em que o proprietário da residência chegava com o carro. Cerca de uma hora depois, PMs do 25º Batalhão localizaram o automóvel, graças ao rastreador, no Loteamento Joaquim Curvo, em Várzea Grande.

No momento da abordagem, na garagem de uma residência, Jonathan trocou tiros com os policiais e conseguiu escapar pelos fundos.

Os adolescentes foram detidos e, inicialmente, não foram reconhecidos pelas vítimas, mas, com a prisão de Jonathan, este confirmou a participação dos dois no assalto.

O suspeito foi preso dentro de uma igreja, onde ele tentou roubar o sapato de um membro religioso. Ele não estava com o revólver usado no assalto.

Aos policiais, alegou que havia jogado a arma em um matagal, mas ela não foi encontrada.

 “Chegamos até ele (Jonathan) graças à carteira de identidade, que ele deixou cair na casa. Após várias buscas, ele foi localizado dentro da igreja”, explicou um dos policiais.

No momento da prisão do suspeito, o celular dele tocou e os policiais pediram para ele atender. Do outro lado da linha era uma pessoa orientando-o a tomar um mototáxi e se esconder na casa do traficante preso na PCE, onde a esposa do bandido daria guarida.

No dia seguinte, teria um dinheiro à disposição para viajar para fora da Grande Cuiabá.   O nome do traficante que supostamente comandaria o roubo de carro de dentro da PCE não foi revelado.