De um total de 20 pessoas procuradas pela Polícia Federal por tráfico internacional de drogas, em Mato Grosso e em outros quatro estados, 16 foram presos e três estão foragidos na Bolívia.

Durante a realização da Operação Touro Branco, na manhã nesta terça-feira (15), os agentes federais apreenderam três aviões da quadrilha, sendo um em Sinop, outro em Colíder, no Norte do Estado, e o terceiro em Belém (PA).

Os aviões eram utilizados para o tráfico entre a Bolívia e a região de Araputanga (345 km a Oeste de Cuiabá), na região da Grande Cáceres. A PF tenta localizar mais duas aeronaves.

Dois dos 16 presos já estavam atrás das grades, sendo um em Rondonópolis e outro em Cáceres.

A operação desarticulou uma quadrilha especializada no tráfico internacional de entorpecentes. Foram expedidos também três mandados de prisão temporárias e 20 mandados de busca e apreensão.

Segundo a PF, três chefões centralizavam as operações em Araputanga, de onde eram dadas as ordens para a entrega dos carregamentos de drogas, em pequenos aviões.

Pelas contas dos agentes, foram apreendidos 550 quilos de cocaína oficialmente creditados ao bando, mas esse número pode chegar a uma tonelada.

Conforme as informações, as investigações iniciaram em março do ano passado, com a apreensão de cerca de 400 quilos de cocaína, que saíram da região de Sapezal (480 km a Noroeste da Capital) e foram interceptados pela PF em Rondonópolis (212 km ao Sul).

A droga estava camuflada numa carreta. Os ocupantes do veículo foram presos.

Com uso de celulares apreendidos, os agentes federais chegaram até os demais integrantes da quadrilha.

Bloqueio de bens

Pelo esquema, o carregamento de entorpecente chegava à região da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia, via aeronaves. Os aviões voavam baixo para não serem localizadas pelos radares.

Em seguida, o carregamento de cocaína era escondido em áreas rurais da região, até posterior transporte em direção aos mercados consumidores.

Segundo a PF, a operação foi desencadeada em quatro Estados. Além de Mato Grosso, os suspeitos foram presos em Goiás, Rio Grande do Norte, Pará e São Paulo.

Em Mato Grosso, os agentes federais atuaram com equipes em Cuiabá, Cáceres, Mirassol D’oeste, São José dos Quatro Marcos, Araputanga, Sapezal, Colíder, Sinop, Sapezal e Rondonópolis.

Além do cumprimento dos mandados, também foi determinado pelo Justiça Federal de Cáceres, local aonde tramitou o inquérito policial, o bloqueio de bens e valores de propriedade dos investigados.

A operação recebeu esse nome em razão de os traficantes utilizarem, constantemente, o termo "touro branco", durante as negociações envolvendo o tráfico de entorpecentes, tentando simular a compra e venda de gado.

O código, no entanto, foi decifrado, de imediato, pelos agentes federais.

A PF não divulgou os nomes dos presos na operação.