O Tribunal do Júri julga, nesta sexta-feira (30), o empresário Silas Caetano de Farias, 72, acusado de mandar matar três de seus quatro filhos. O julgamento em questão é referente ao assassinato de Marcelo Dias.

O caso de Silas gerou grande comoção social e foi amplamente divulgado, por envolver pai e filhos.

Marcelo Dias foi executado a tiros no dia 14 de março de 2004, por volta das 20h, em frente ao lava-jato do qual era proprietário, localizado na Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, esquina com a Rua Tenente Eulálio Guerra, no bairro Araés, em Cuiabá.

Consta no processo que Silas culpava o filho Marcelo por envolvimento em um assalto que teria sofrido e, por isso, teria encomendado a morte do rapaz.

Segundo as investigações realizadas pela DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), Marcelo estava em frente ao seu lava-jato, falando ao celular, quando foi alvejado por diversos disparos de arma de fogo, supostamente feiros por um pistoleiro.

Outro filho de Silas, Jorge Luiz Pufal Salomão, foi encontrado morto próximo à Ponte de Ferro, na região do Coxipó do Ouro, na zona rural de Cuiabá.

Ele teria dito a algumas pessoas próximas que, se algo de ruim lhe acontecesse, o responsável seria o pai.

Considerado testemunha principal dos homicídios, o outro filho, Érico Puffal de Farias, foi morto em 2006, supostamente como "queima de arquivo".

Filho sobrevivente

O estudante Jassan Thiago Rosa Jorge voltou para Cuiabá, após um sumiço de três meses.

Ele é a principal testemunha de acusação contra o pai, Silas Caetano de Farias.

Jassan morava em Goiânia (GO) e se mudou para Cuiabá em 2008. Em março de 2009, ele foi baleado com sete tiros e sobreviveu. O acusado de encomendar o crime também é o pai dele.