Mãe é acusada de ajudar na execução de criança de um ano
Mãe é acusada de ajudar na execução de criança de um ano
Acusado de espancar até a morte o enteado de um ano e oito meses, no começo deste mês, no bairro Dom Aquino, em Cuiabá, T.H.M, 23, disse à Polícia, em depoimento, que a mãe, D.J.B, também bateu na criança e teria culpa pela morte.
Segundo o delegado responsável pelo caso, André Renato Gonçalves, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), T.H.M estava aparentemente tranquilo quando prestou depoimento sobre a morte do enteado, nesta semana.
“Ele disse que a criança estava brincando perto de um fio desencapado e pediu para ela sair de perto, mas não obedeceu. Com isso, ele deu um chute na criança, que começou a chorar. Quando a mãe chegou, muito nervosa também, jogou a criança no chão e ela acabou desmaiando”, disse o delegado.
A mãe da criança teria deixado o menino com o companheiro para ver o outro filho, que teria nascido prematuro e estava internado no Hospital Santa Helena. T.H.M disse que a mulher andava muito nervosa nos últimos dias porque o filho estava em estado de risco, na UTI neonatal.
“Ele também disse que se escondeu na casa de parentes porque tinha muitas pessoas atrás dele. Ele diz não ter matado a criança, mas se escondeu com medo. Por isso, o prendemos temporariamente”, disse o delegado.
A prisão de T.H.M. aconteceu três dias após o crime, quando ele se entregou na DHPP. O advogado do acusado pediu que ele ficasse em cela separada, por conta das possíveis represálias.
A mãe da criança deve ser interrogada novamente nesta semana, já que ela está se recuperando da morte do filho prematuro, que estava internado quando seu filho de um ano e oito meses foi morto.
O crime
O caso aconteceu dia 5 de dezembro, no bairro Dom Aquino, na casa de T.H.
A mãe da criança contou ao delegado que chegou em casa e viu seu filho caído, com os lábios brancos e o corpo todo roxo.
A mesma declaração foi feita pela tia da criança, que acompanhou a mãe até ao hospital, quando tentava buscar ajuda.
O laudo de necropsia afirmou que a causa morte é espancamento.
T.H. foi recolhido a uma cela da Penitenciária Central do Estado, no bairro Pascoal Ramos, na Capital, onde deve continuar até o fim das investigações.
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