O juiz Moacir Rogério Tortato, da Segunda Vara Criminal de Várzea Grande, revogou nesta terça-feira (2) a prisão do delegado João Bosco, acusado de associação ao tráfico e corrupção passiva.

Segundo o advogado de Bosco, Paulo Taques, o entendimento do magistrado se deu após o depoimento prestado na última sexta-feira (28) pelo pelo delegado.

A prisão do policial ocorreu na quinta-feira (27), durante a Operação Abadom, desencadeada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes.

Além do delegado, sua mulher, a investigadora Gláucia Cristina Alt, também foi presa.

“O juiz entendeu que o depoimento foi esclarecedor e contribuiu bastante para a investigação e, dessa forma, não vê mais necessidade de mantê-lo preso”, explicou Taques.

Além da revogação, Tortato acatou sugestão da defesa de João Bosco para que o policial se mantenha afastado de suas atividades, até o encerramento das investigações.

Entenda o caso

O delegado João Bosco e sua mulher, a investigadora Gláucia Cristina Alt, foram presos na Operação Abadom, desencadeada no dia 27 de junho pela Polícia Civil, com o objetivo de desmantelar uma quadrilha de tráfico de drogas.

Os policiais cumpriram dez mandados de prisão, sendo cinco deles dentro da Penitenciária Central do Estado, no bairro Paschoal Ramos, na Capital.

Marco Antônio da Silva, acusado de ser um dos traficantes, ainda está foragido.

As investigações começaram há cerca de sete meses, com a prisão em flagrante de uma pessoa, na rodoviária de Várzea Grande.

“Abadom” significa “destruição”, em hebraico.