Advogados da empresa Guaxe Encomind Engenharia Ltda. entraram com um mandado de segurança no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) contra a “Operação Ararath”, da Polícia Federal.

O objetivo da ação é anular o mandado de busca e apreensão que foi cumprido pela PF, no último dia 25 de novembro, na atual sede da empresa.

Isso porque, segundo a defesa, a Encomind foi vendida para a Guaxe, em julho do ano passado, e duas novas empresas foram constituídas.

Ainda segundo os advogados, a Polícia Federal ignorou tal fato, já que o alvo do mandado era a residência e o endereço profissional de Rodoldo de Campos, ex-sócio da Encomind.

“A busca foi feita no endereço antigo da Encomind, mas onde funciona novas empresas, que já não tem mais nada a ver com o Rodolfo a mais de um ano. A Polícia Federal acabou por apreender, portanto, documentos da Guaxe, que não tem nada a ver com o objeto da investigação”, disse um dos advogados.

Segundo ele, além da Guaxe Encomind tem sede no local a Encomind Indústria Ltda.

Devolução dos documentos

No pedido, que será apreciado pela desembargadora Selene Almeida, a defesa da Guaxe Encomind pede que os documentos apreendidos, que estão na sede da Polícia Federal, em Cuiabá, sejam lacrados, em caráter liminar.

No mérito, a defesa quer anular a busca e apreensão e conseguir a devolução dos documentos.

A operação

A Operação Ararath foi deflagrada no dia 12 de novembro passado, com o objetivo de apurar a suposta prática de crime contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. O alvo principal é o empresário Júnior Mendonça, da rede Amazônia Petróleo.

Na primeira fase da operação, 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Na segunda, a PF cumpriu mandados contra o juiz Julier Sebastião da Silva e a empresa Encomind, além de outras pessoas.