Dois corretores de câmbio foram vítimas de três golpistas que trocaram 50 mil dólares por R$ 150 mil falsos. O esquema foi percebido no momento em que as vítimas conferiam o dinheiro em cédulas de R$ 50 todas falsas – sem valor legal, usadas em campanhas publicitárias.

O golpe foi aplicado num bar da Avenida General Melo, no bairro Pico do Amor em Cuiabá, nesta quarta-feira (18).

Os falsários estavam num Vectra preto blindado. Além do golpista, participaram do esquema o motorista e também um suposto segurança. No bar, haviam cinco pessoas que foram detidas por policiais militares.

Nesse interim, um dos presentes no bar saiu de fininho alegando que teria ido atrás dos golpistas procurando-os em vários hotéis da Capital. Essa pessoa também acionou a PM alegando que um dos quatro que estavam no bar tinha sido mantido em cárcere privado e estava sendo espancado para que desse conta do dinheiro.

Os policiais chegaram ao local e levaram todos os envolvidos para o Plantão Metropolitano da Capital. Diante de tantas informações desencontradas, todos foram ouvidos e liberados. “No frigir dos ovos, apenas os dois que trocaram o dólar por dinheiro falso é que ficaram no prejuízo”, observou um policial.

Conforme os policiais, o esquema de câmbio envia valores acima da cotação de mercado. “Esses 50 mil dólares, vale numa corretora comum, R$ 124 mil e até no máximo R$ 130 mil. Com um ganho de R$ 20 mil é claro que as vítimas resolveram arriscar e se deram mal”, disse um policial.

Segundo as vítimas, que não informaram a origem dos dólares, a cotação estava excelente, pois o golpista se passou por pastor de uma igreja e precisava fazer a troca em moeda estrangeira. Com uma cotação imperdível, eles marcaram encontro num bar da Avenida General Melo.

As vítimas e os golpistas se encontraram numa sala onde fizeram a troca. “O erro das vítimas foi não conferir o dinheiro na hora. Abriram a maleta minutos depois e levaram a pior”, explicou um policial.

O homem que estava no bar e saiu para supostamente localizar os golpistas prestou depoimento na Delegacia. Um policial, no entanto, o reconheceu como um famoso estelionatário na Capital que chegou a ser detido no ano passado acusado de um golpe semelhante, envolvendo câmbio.