Dois homens acusados de espancar o vigilante de um posto de combustível foram presos nesta terça-feira (28.01), em ação conjunta da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil, com policiais da Ronda Tática Ostensiva (Rotam), da Polícia Militar. As imagens que mostram a agressão ao segurança foram veiculadas em um programa de televisão e ajudaram a identificar os assaltantes.
 
No bairro Jardim Independência, em Cuiabá, os policiais prenderam Marcelo Ribeiro de Oliveira, 19, e Robson Alexandre da Silva, 18 anos, no bairro Verdão. O primeiro, Marcelo, aparece, junto com outro comparsa, nas imagens agredindo o segurança, na madrugada dia 15 de janeiro deste ano. O vigilante foi rendido pelos assaltantes, entrou em luta corporal e quase teve  um dedo da mão decepados pelos bandidos.
 
De acordo com as investigações comandadas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), a quadrilha é composta de pelo menos sete integrantes que descobriram uma nova modalidade de assalto a caixas eletrônicos. A tentativa do roubo, ocorrida no posto de combustível, da Avenida Fernando Correa da Costa, tem como vítima uma empresa de transporte de valores, que trabalha juntos aos estabelecimentos com depósitos eletrônicos, cujo dinheiro é recolhido periodicamente. Na ocasião, os bandidos sairam levando apenas o dinheiro do salário do vigilante, sem conseguir arrombar o caixa.
 
O delegado titular do GCCO, Flávio Henrique Stringueta, disse que o assalto foi repassado ao GCCO, pois a  quadrilha que tem promovido roubos em postos de combustível, visa os caixas de depósitos de propriedade da transportadora de valores. “São caixas eletrônicos de depósitos. O posto efetua os depósitos em dinheiro e recebe um extrato. Depois os valores são recolhidos do caixa pela transportadora. Isso acontece no Brasil interior, mas só em Mato Grosso está acontecendo os assaltos”, disse.
 
A quadrilha utilizava um veículo Polo prata, que já teria sido vendido, para seguir o carro-forte da transportadora de valores e assim descobrir os dias de recolhimentos do dinheiro. “Um ou dois dias antes passavam e faziam o assalto, que demorava em média 2 horas, pois faziam uma espécie de pescaria das cédulas”, completou o delegado.
 
Os presos vão responder por roubos e furtos. As investigações continuam para prender os demais integrantes da quadrilha.