O caso do enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima, de 44 anos, indiciado pelo assassinato da juíza Glauciane Chaves de Melo, 42, tramitará  na Vara Única, sob juiz Carlos Augusto Ferrari, que responde cumulativamente pelas comarcas de Alto Garças e Alto Taquari. O réu deverá ir a júri popular.

A magistrada foi assassinada com dois tiros na nuca em seu gabinete no Fórum de Alto Taquari (479 km ao Norte de Cuiabá), na última sexta-feira (7). Evanderly foi preso no dia 10 de junho, em uma região de mata, na zona rural da cidade.

O inquérito civil já foi recebido pela Comarca do município. O enfermeiro foi indiciado por homicídio duplamente qualificado - motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima.

De acordo com o delegado que conduziu as investigações, João Ferreira Borges Filho, Evanderly deve ir à Júri Popular e, se condenado, poderá ficar de 15 a 30 anos preso.

Durante o interrogatório policial, o enfermeiro se manteve calado e deverá se pronunciar somente em juízo. Atualmente, ele se encontra recolhido no anexo II da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.

Defensor público

Segundo o TJMT, o inquérito foi enviado à Defensoria Pública, para escolha de um defensor, uma vez que o réu alegou não ter recursos para pagar um advogado.

 Quando sua defesa estiver formada, o documento será enviado ao Ministério Público para que seja feita a acusação formal do enfermeiro.

Seguindo a legislação, ao receber a denúncia, o juiz abre prazo para a defesa se manifestar, e, em seguida, começa a instrução criminal que consiste, dentre outras coisas, em ouvir testemunhas, ouvir o réu e analisar as provas do crime.

Crime premeditado

O delegado responsável pelo inquérito descartou a tese inicial de que o crime não havia sido premeditado, uma vez que, segundo ele, não haveria motivo algum para Evanderly se encaminhar ao gabinete da ex-esposa armado se não fosse para matá-la.