Enfermeiro é transferido para a Penitenciária Central do Estado
Enfermeiro é transferido para a Penitenciária Central do Estado
O enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima, 44, acusado de assassinar a juíza Glauciane Chaves de Melo, 42, em Alto Taquari (479 km ao Sul da Capital), foi transferido, durante a noite de segunda-feira (10), para Cuiabá.
Segundo informações do delegado João Ferreira Borges Filho, responsável pelas investigações, o enfermeiro ficará preso no anexo II da Penitenciária Central do Estado (PCE).
Borges afirmou que o enfermeiro foi autuado por homicídio qualificado - motivo torpe e sem direito de defesa da vítima. A juíza foi morta com dois tiros na nuca, dentro de seu próprio gabinete.
O enfermeiro foi capturado pela polícia na manhã de ontem, depois de passar três dias escondido em uma mata densa, a aproximadamente 15 km da cidade.
Interrogatório
Levado ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do município para ser interrogado pelo delegado da Polícia Civil, Arnaldo Agostinho Sottani, Lima permaneceu calado e se reservou ao direito de falar somente em juízo.
Segundo Sottani, a reconstituição de local do crime foi feita e, durante o trabalho, o enfermeiro contou informalmente detalhes de como cometeu o assassinato.
Ele afirmou que foi ao Fórum apenas para conversar com a ex-mulher, pois não aceitava o fim do relacionamento e queria dar uma nova chance ao casamento. Evanderly estava armado com um revólver calibre 38 e contou que estava saindo do gabinete quando a juíza seguiu atrás dele.
Nesse momento, ele efetuou os dois disparos na nuca da magistrada, jogou a arma no canteiro do Fórum e que não se lembra de mais nada do que ocorreu em seguida.
“Ao que tudo indica ele sacou a arma e a juíza foi se esconder atrás da mesa, porque o corpo da magistrada foi encontrado próximo a mesa de trabalho. Mas isso será melhor explicado ela perícia”, afirmou.
O enfermeiro afirmou, ainda, fora do interrogatório, que pensou em se entregar, mas tinha medo de morrer devido ao cerco policial.
Preparado
De acordo com o delegado, Lima foi Bombeiro Militar em Contagem (MG) – sua cidade natal – e tem curso de socorrista e treinamento de sobrevivência na mata, razões pela qual tinha condições de permanecer escondido por todos esses dias.
Durante três dias, o acusado se escondeu na mata, utilizando-se de roupa camuflada, e capim seco para se encobrir durante o dia e andando à noite para não ser localizado pelos policiais que faziam o cerco.
Ao ser encontrado, ele aparentava estar exausto, dizia sentir câimbras e afirmava estar arrependido do crime que havia cometido, sendo motivado apenas pelo ciúme.
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