"Deus quis que eu ficasse vivo", diz sobrevivente de tragédia
"Deus quis que eu ficasse vivo", diz sobrevivente de tragédia
Um dos dois ciclistas que sobreviveram ao atropelamento na Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251) - rodovia que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães -, no dia 31 de dezembro, Diogo Azevedo, 32, disse que foi arremessado a mais de 5 metros e sobreviveu porque “Deus quis”.
“Eu fui o primeiro a ser atingido. Quando percebi, o carro estava em cima da gente, no acostamento. Fui jogado a uma distância de cinco metros e bati minhas costas e cabeça no chão. Desmaiei na hora”, contou Azevedo, que pratica o ciclismo há 14 anos.
No acidente, a vítima fatal foi o advogado José Eduardo de Carvalho, 59, que morreu na hora. Além de Diogo, também ficou ferido o ciclista Valdeci Soares, 50.
O motorista que causou o acidente, Fábio Melo, 32, foi identificado pela Polícia Civil, depois de uma semana de investigações, se apresentou na quarta-feira (7) e foi liberado. A Polícia, no entanto, pediu a prisão preventiva dele.
Ainda com as costas muito machucadas e com três pontos na parte de baixo da espinha, Diogo Azevedo contou que os amigos ciclistas gritavam para ele acordar e a primeira cena que ele viu foi o amigo José Eduardo morto.
“Deus quis que eu ficasse vivo. Eu desmaiei na hora e, quando acordei, aos gritos dos companheiros, vi meu amigo morto. Naquela hora, eu não sabia o que pensar. Foi muito difícil e ainda está sendo”, disse.
O ciclista acompanhou o depoimento prestado na tarde de terça-feira (6) pelo pai de Fábio Melo, o pescador Benedito Bento.
Ele estava com outros três amigos de José Eduardo, na Delegacia de Trânsito de Cuiabá.
MidiaNews |
O ciclista Diogo Azevedo mostra os ferimentos decorrentes do atropelamento na MT-21 |
Preventiva
O delegado Romildo Souza, adjunto da Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran), encaminhou na quarta-feira (7) à Justiça o pedido de prisão preventiva contra o motorista Fábio Melo.
Em depoimento prestado no começo da tarde de ontem, Melo confessou que atropelou um grupo de ciclistas, no dia 31 de dezembro, na Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251).
Durante depoimento na delegacia, Fábio chorou e disse que não teve intenção de matar ninguém.
“Eu não sou bandido. Isso nunca aconteceu comigo. Eu vacilei por um minuto e acabei tirando a vida de uma pessoa. Estou muito arrependido”, disse o motorista, que pedi perdão à família de Eduardo Carvalho.
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