Bosco e Gláucia foram presos durante a Operação Abadom, desencadeada hoje (27) pela Polícia Civil. Eles vão responder pelos crimes de associação ao tráfico e corrupção passiva.

De acordo com Alana Cardoso, os dois policiais aparecem em duas etapas das investigações.

A primeira foi em março, quando os policiais da DRE tentavam localizar um dos alvos da operação, e o traficante acabou nas mãos de Bosco e Gláucia que, segundo a polícia, liberaram os suspeitos e as drogas apreendidas.

Em maio, houve outra interceptação de traficantes.

A delegada ressaltou que os policiais não eram alvos das investigações, e que descoberta da participação deles foi um “incidente”.

Outras oito pessoas foram presas nesta quinta-feira. O suspeito Marco Antônio da Silva está foragido.

O delegado e a investigadora tiveram a prisão preventiva decretada pela Comarca de Cuiabá e estão afastados das funções.

Bosco, que está preso na Polinter, negou qualquer participação no esquema.

“Tudo isso é mentira. Estou acatando a decisão (da prisão) e, no final, vou provar a minha inocência”, afirmou.

A policial também negou a participação nos crimes.

Investigação

O esquema, conforme a Polícia, envolve presidiários que comandam o tráfico de drogas por meio de telefones celulares. Cinco detentos são da Penitenciária Central do Estado (PCE).

As investigações tiveram início há 7 meses, com a prisão em flagrante de uma pessoa na rodoviária de Várzea Grande.

O palavra “Abadom” significa "destruição", em hebraico.