NOTÍCIA | Investigação

Delegado de Porto dos Gaúchos trata caso de mulher desaparecida como possível assassinato e ocultação de cadáver.

O delegado acredita na possibilidade do suspeito preso ir à Juri Popular mesmo sem o corpo ser encontrado

Por: Show de Notícias/Porto Notícias
Publicado em 28 de Fevereiro de 2014 , 09h07 - Atualizado 28 de Fevereiro de 2014 as 09h07


O delegado de Porto dos Gaúchos, André Luis Barbosa, que está à frente das investigações do desaparecimento de Franciele Costa, 28 anos, já trabalha com a hipótese de assassinato. Franciele não é vista na cidade desde o dia 18 de fevereiro, quando não compareceu ao serviço em uma lanchonete da cidade e deixou os dois filhos menores de 10 anos, aos cuidados de uma babá, por que iria viajar com o pai do filho que está esperando.

 

O caso tem mobilizado a polícia de Mato Grosso e nessa quinta-feira, 27 de fevereiro, uma equipe do Corpo de Bombeiros de Colíder, usando cães farejadores treinados para procurar corpos em decomposição, esteve na fazendo do principal suspeito de ser o responsável pelo desaparecimento da mulher, em busca de vestígios que possam levar ao desfecho desse caso, porém, não foi encontrado nada que pudesse ajudar nas investigações.

 

Até o final da tarde de quinta-feira, 27, o delegado André Luís Barbosa recebeu a imprensa da cidade para falar sobre o assunto e disse que todos os indícios levam ao único suspeito que está preso temporariamente por 30 dias, desde o último dia 22.

 

As suspeitas recaem sobre um fazendeiro da região, cujo nome vem sendo mantido em segredo pela justiça por questões legais, que, segundo depoimento de pessoas próximas á vítima, mantinha um relacionamento amoroso com ela e poderia ter dado cabo de sua vida por ser casado e não querer que o caso se tornasse do conhecimento da sua família.

 

O delegado cita alguns pontos que se tornaram suspeitos da polícia, por isso o pedido de prisão do suspeito, entre eles, o fato de seu carro estar muito limpo, em tempos de chuva e muita lama, o veículo ter sido lavado a exaustão, possivelmente, para esconder alguns vestígios que pudessem incriminar o investigado.

 

O caso conhecido a nível nacional envolvendo o ex-goleiro Bruno do Flamengo foi citado pelo delegado como um possível exemplo. O corpo da ex-namorada do atleta nunca foi de fato encontrado, porem as investigações juntaram fortes indícios do envolvimento de Bruno e com base nisso ele foi julgado e condenado pela morte da ex-companheira.

 

André Luis aponta para a possibilidade de pedir o indiciamento do suspeito, que poderá ir à júri popular, mesmo sem a materialidade do crime, que seria a presença do corpo, com base no que aconteceu com o ex-goleiro Bruno do Flamengo, que foi preso, julgado e condenado, mesmo sem o corpo da sua ex-amante ter sido localizado.

 

O agente pediu ainda, a quebra do sigilo telefônico da vítima e do investigado, para saber mais detalhes sobre a localização do aparelho celular da vítima nos seus últimos momentos antes de desaparecer definitivamente, mas não conta com a possiblidade de ter acesso a ligações telefônicas ou envio de mensagens de celular, que poderiam levar a polícia a elucidar o crime. “A quebra do sigilo revelará apenas a localização dos celulares, tanto do acusado como da possível vítima no dia do desaparecimento e não trará relatos de conversas, o que no caso, só seria possível com um grampo telefônico, coisa que não é mais viável”. Declarou André Luis.

 

Segundo o delegado, inicialmente o acusado agiu sozinho, mas não descarta nenhuma outra possibilidade e disse que pelo menos mais 02 pessoas suspeitas de algum possível envolvimento também tiveram a quebra do sigilo telefônico solicitado à justiça.

 

Na perícia feita pelos peritos da Politec esta semana em 02 veículos do suspeito, o delegado disse que foi encontrado em 01 deles vestígios de sangue que foram enviados para a análise e só depois terá a definição se trata-se de sangue humano ou animal. O que chamou a atenção do delegado foi o fato de em outro veículo ter sido feita uma lavagem completa e muito bem feita que sequer impressões digitais ou vestígios de barro continham nela.

 

“Até pela região que estamos nessa época chuvosa o veiculo mesmo lavado deveria apresentar algum vestígio, não que isso prove alguma coisa, mas os peritos acharam no miminho estanho pela cautela tomada até pela falta de impressões digitais”, disse o delegado.

 

O caso que começou sendo investigado como um possível cárcere privado ou sequestro, já é tratado segundo o delegado como homicídio e ocultação de cadáver, já que até agora nenhum indicio de que a mulher esteja viva foi encontrado.

 

As investigações e buscas na fazenda do acusado continuam e caso nada seja encontrado lá, já existem outros possíveis locais que devem ser feito buscas pela equipe de bombeiros e cães farejadores.

 

“Mesmo não encontrando o corpo nada impede que o acusado seja indiciado. Podemos não ter a materialidade do crime, mas temos todos os indícios e um rol comprovatório muito grande que nos permite mantê-lo preso até o julgamento”, concluiu o delegado.        

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JUARA MATO GROSSO



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