Decretada a preventiva de 19 acusados de roubar cargas
Decretada a preventiva de 19 acusados de roubar cargas
A Justiça decretou, nesta segunda-feira (17), a prisão preventiva das 19 pessoas envolvidas na Operação Listas Amarelas, deflagrada no dia 4 de dezembro. No total, 30 pessoas foram indiciadas pelos crimes de roubo e formação de quadrilha; três estão foragidas.
A preventiva ocorreu após o término da prisão temporária de cinco dias. Hoje, o delegado Fausto Freitas, responsável pelas investigações, concluiu os trabalhos e encaminhou o inquérito para o Fórum Criminal da Capital.
Segundo o delegado, com as prisões e indiciamentos, a Polícia Civil desarticulou um esquema responsável por mais da metade dos roubos a empresas do ramo de transporte e logística na Grande Cuiabá, ocorridos somente no ano passado.
No período de um ano – entre novembro do ano passado até o último mês –, foram, ao menos, seis empresas assaltadas. Os ladrões roubaram mercadoria avaliadas em cerca de R$ 8 milhões, sendo que metade dessa quantia já foi recuperada.
Na lista está a transportadora Brás Press, a Operadora Claro, que teve uma carga de celulares avaliados em cerca de R$ 4 milhões roubada, a distribuidora de medicamentos Panarelo, com um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão, além da Ideal Temper, com 100 aparelhos de ar-condicionado roubados, além das empresas TNT Cargas e Três Américas Transportes.
Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (Derrf) da Capital apontam o ex-presidiário Fausto Fernandes Durgo Filho, o “Faustão”, como um dos chefes do esquema, pois sua função era planejar os locais, além de dar apoio logístico, conseguindo o caminhão, localizar os integrantes do bando, além de negociar com os receptadores.
“Ele (Faustão) é quem planejava os roubos, juntamente com outros dois integrantes do esquema, que já estavam presos anteriormente. De dentro da cadeia, utilizavam telefone celular para armar o esquema”, explicou o delegado Fausto Freitas.
O policial se referia a Mauro Júnior de Moraes, o “Tundi”, e Thiago Galdino Ferreira Figueiredo o “Thiaguinho”, que articulavam as ações com o uso de celulares.
Segundo o delegado, pelo esquema os ladrões chegavam fortemente armado nas empresas, rendiam e amarravam os vigias. Em seguida, outros chegavam de caminhão e faziam o transporte do produto. Para esconder os produtos, alugavam uma casa em bairros discretos, até serem entregues para os receptadores.
As investigações iniciaram em junho deste ano, com a recuperação dos medicamentos, escondidos numa casa no Parque Cuiabá, onde havia uma carga de defensivos agrícolas roubados de uma empresa na cidade de Campo Verde (140 km a Leste de Cuiabá).
“Foi a partir dessa apreensão que descobrimos uma série de roubos nos quais os bandidos agiam de forma semelhante e que começou com o assalto na Brás Press”, assinalou o delegado Francisco Kunzie, da Derf de Várzea Grande. Na época do assalto à distribuidora, ocorreu o assalto à Operadora Claro.
Os delegados lembraram que as investigações tentam localizar mais receptadores. Por enquanto, os policiais chegaram até João dos Santos Filho, o "Tom", que vendia produtos de informática para vários quiosques do Shopping Popular, no bairro Dom Aquino. Com ele, foram apreendidas dezenas de caixas desses produtos.
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