Caso Eliza Samúdio completa dois anos e ainda não há previsão para júri de Bruno
Caso Eliza Samúdio completa dois anos e ainda não há previsão para júri de Bruno
Nesta segunda-feira (4), o desaparecimento de Eliza SPara o advogado de Macarrão, Leonardo Diniz, o desmembramento do processo poderia acelerar o julgamento dos acusados. Ele conta que já enviou o pedido ao TJ-MG e que o documento chegou a ser analisado, porém o desembargador responsável afirmou em sua decisão que só o juiz de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), comarca responsável pela prisão dos acusados, poderia decidir o caso.
— A defesa entende que o desmembramento é necessário por causa da complexidade do processo. A quantidade de acusados prejudicará a defesa dele [Macarrão]. A tese dele não depende de ninguém. Pretendo levar para Contagem [juiz], sim, mas não há previsão porque preciso esperar os autos saírem do TJ.
amúdio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, completa dois anos. Mesmo depois de todo esse tempo, a Justiça ainda não tem previsão para a data de julgamento dos oito acusados de matar e esconder o corpo da modelo. Segundo a assessoria do TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), os recursos impostos pelos advogados dos réus e pelo MP (Ministério Público) junto ao STF (Supremo Tribunal de Justiça) e ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) atravancam o julgamento.
De acordo com o TJ-MG, os acusados Bruno Fernandes; sua ex-mulher, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza; o primo do goleiro, Sérgio Rosa Sales; o ex-policial, Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; e Fernanda Gomes de Castro, entraram com recurso no STJ contra a decisão da Justiça de Minas Gerais de levá-los a júri popular. Todos eles e mais Wemerson de Souza, Elenilson da Silva e Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, entrarão também com recurso no STF para liberdade condicional.
Até que os pedidos sejam julgados, não é possível que o júri da morte seja marcado, diz o TJ-MG. Além dos pedidos dos réus, o Ministério Público também entrou com um recurso no STF em que pede que Dayanne, Fernanda, Silva e Souza também respondam pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver, como todos os demais acusados.
Liberdade
O advogado de Bruno Fernandes, Francisco Simmon, diz que também pretende pedir o desmembramento do processo, e confirma que a quantidade de réus prejudicaria a defesa. Porém, ele diz que, atualmente, concentra seus esforços no andamento do pedido de liberdade do goleiro.
— Acredito que deve ser julgado [o pedido de liberdade] ainda este ano. Acho que a demora se deve ao caso Cachoeira [julgado no STF].
Na terça-feira (29), a Justiça de Contagem concedeu liberdade condicional ao goleiro Bruno Fernandes referente ao processo pelo qual o jogador foi condenado no Rio de Janeiro por agressão e cárcere privado de Eliza Samudio. Porém, como Bruno também responde a mandado de prisão expedido pela Justiça de Minas Gerais pelo assassinato da jovem, ele não foi solto.
Atualmente, Bruno e Macarrão estão presos na penitenciária de Nelson Hungria, em Contagem. Bola está detido na Penitenciária Professor Soares Jason Albergaria, em Betim (MG). Os demais acusados Fernanda, Dayanne, Souza e o primo de Bruno aguardam o julgamento em liberdade.
Pedido de paternidade
Em maio, a defesa do goleiro disse ter entrado com escritura pública junto à Vara da Família da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, para reconhecer legalmente o filho de dois anos e meio que o atleta teve com Eliza Samudio. Segundo Simmon, o cartório já está com todos os documentos e falta apenas “lavrar a escritura”.
A mãe de Eliza Samúdio, Sônia Fátima de Moura, disse na sexta-feira (1º), que não havia sido informada formalmente de nenhuma decisão sobre a paternidade do neto. Na quarta-feira (30), a Justiça deu a guarda definitiva do menino a ela.
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