NOTÍCIA | OPERAÇÃO SANGRIA II

Alvo queimou papéis e saiu 5 minutos antes de policiais chegarem

Flávio Alexandre Taques da Silva é acusado de envolvimento em fraudes na Saúde municipal

Por: MidiaNews/Cíntia Borges da Redação
Publicado em 20 de Dezembro de 2018 , 11h22 - Atualizado 20 de Dezembro de 2018 as 11h41


MidiaNews/Reprodução

Policiais da Delegacia Fazendária recolheram para perícia papéis queimados encontrados dentro da churrasqueira do apartamento onde mora o ex-secretário-adjunto de Saúde de Cuiabá, Flávio Alexandre Taques da Silva, alvo da segunda fase da Operação Sangria, desencadeada na terça-feira (18).

 

A suspeita é de que os papéis danificados pelo fogo tenham relação com as empresas ProClin e Qualicare, investigadas na ação.

 

Na terça-feira pela manhã os policiais da Defaz foram a dois endereços dele - um em Várzea Grande e outro em Cuiabá - e o ex-adjunto não foi encontrado em nenhum dos locais.

 

Durante buscas no segundo endereço, um edifício no Jardim Mariana, em Cuiabá, policiais encontraram diversos papéis queimados na churrasqueira. Segundo a Polícia Civil, provavelmente “uma tentativa de eliminar provas”.

 

O ex-servidor é considerado foragido. Segundo a Polícia Civil, a servidora que auxiliou na fuga foi encontrada e respondeu a um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) na Defaz, por favorecimento pessoal.

 

Prisma branco

 

Os agentes da Defaz chegaram ao edifício por volta das 7h20, da terça-feira. No entanto, conforme imagens do circuito interno do condomínio, cinco minutos antes um Prisma branco entrou pela garagem do prédio, Flávio entrou no carro e o veículo saiu.

 

Conforme investigação, a dona do carro é uma servidora contratada da Prefeitura de Cuiabá. 

  

Veja vídeo:

 

 

Demissão

 

Após tomar conhecimento da operação, o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) anunciou a demissão de Flavio.

 

Conforme a denúncia da Defaz, o ex-adjunto estaria dificultando a apuração do levantamento dos serviços prestados contratualizados pelo grupo investigado na operação.

 

Em relatos colhidos pelos delegados, testemunhas afirmam que alguns servidores que detêm informações sobre contratualização e medicamentos eram transferidos para o almoxarifado, que fica na região do Coxipó.

 

Operação Sangria II

 

O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, um de seus sócios na ProClin, Luciano Corrêa Ribeiro, além de Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Celita Liberali e Fábio Alex Taques tiveram mandados de prisão preventiva cumpridos na terça-feira.

 

Ao todo, foram expedidos oito mandados de prisão preventiva. No entanto, a Polícia Civil não encontrou Flávio Alexandre Taques da Silva.

 

A operação foi deflagrada contra um grupo que teria sido montado para monopolizar contratos da área de Saúde na Prefeitura de Cuiabá e no Governo do Estado. As prisões foram determinadas porque o grupo estaria tentando apagar provas importantes.

 

Também foram expedidos quatro mandados de busca e apreensão, sendo um deles cumprido dentro do Hospital São Benedito e na Secretaria de Saúde de Cuiabá.

 

A operação é um desdobramento do cumprimento de onze mandados de busca e apreensão, expedidos no dia 4 de dezembro pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá para apurar irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o Estado.

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